Se depender de estudos realizados pelo Ibope Inteligente, seriam necessários pelo menos quatro anos para que todo o espaço vazio dos shoppings brasileiros, principalmente aqueles localizados na Região Norte, como é o caso de Marabá (foto).
Estudo sobre a vacância do setor mostra realmente que a crise econômica deixou marcas profundas no setor de shoppings.
Há hoje cerca de 1 milhão de metros quadrados vagos nos 522 shoppings espalhados pelo País.
São 12,5 mil lojas desocupadas.
O Shopping Pátio Marabá está incluído nesse estudo
No último ano, houve uma melhora na ocupação, sobretudo nos shoppings consolidados, construídos antes de 2012.
Nesse grupo, 8,5% das lojas estavam vagas em 2017.
Neste ano, essa marca caiu para 7,9%.
Nos shoppings novos, a partir de 2013, a vacância em número de lojas, que atingiu o pico de 46% em 2017, recuou para 41% este ano.
Mas a situação ainda é bem crítica nos shoppings novos.
“Nos shoppings novos, a torneira está aberta em cima do ralo: entra contrato novo de locação, mas eles perdem varejistas”, ,afirma Marcia Sola, diretora executiva de Shopping, Varejo e Mercado Imobiliário do Ibope.
Foi exatamente esse movimento que se viu nos últimos três anos no comércio em geral.
De 2015 a 2017, entre abertura e encerramento, o saldo de lojas foi negativo em 226 mil, aponta a Confederação Nacional do Comércio (CNC).
Para este ano, o economista-chefe da CNC, Fabio Bentes, projeta um saldo positivo de 20,7 mil lojas.
Com o ritmo lento de recuperação, ele confirma a projeção do Ibope. “Não será possível repor antes de 2022 todos os pontos de venda fechados por causa da crise.”
Houve um boom de shoppings, entre 2012 a 2016, quando foram abertos 128 empreendimentos.
“Com a crise, ocorreu uma tempestade perfeita que fez com que os shoppings novos tivessem maior dificuldade de amadurecimento. Mas isso não aconteceu com todos”, lembra o presidente da Associação Brasileira de Shopping Centers (Abrasce), Glauco Humai.