1- De dez veículos disponibilizados à polícia de Marabá, cinco podem ser considerados sucatas, dois trabalham normalmente e o restante carece de assistência técnica. Falta dinheiro.
2- A polícia não está conseguindo nem fazer funcionar delegacias já existentes em diversos municípios. Imaginar ampliar suas estruturas, essa necessidade não se cogita dentro da Segup – exatamente por falta de grana. O esforço é voltado apenas para fazer funcionar o que tem.
3- No estado maior do setor de segurança a preocupação também é saber com quem contar nas ações de emergência, seguindo estratégias do Núcleo de Inteligência. O vazamento de informações é freqüente. Ou seja, elementos da própria policia, na capital e interior, sustentam o lado preventivo da bandidagem comunicando-a quando, onde e como serão feitas as investidas de rua.
4- Miguel Cunha, diretor de Polícia do Interior, nasceu em Marabá. Profissional da mais alta competência e intelectualmente uma das melhores inteligência da polícia paraense teria revelado a um vereador, durante encontro da Segup, que se sente frustrado por não estar conseguindo obter resultados que reduzam o índice de violência no município onde nasceu. Chegou a revelar intimamente estar decido a entregar o cargo caso ele e demais colegas não consigam a estrutura necessária para trabalhar com eficiência.
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Enquanto isso..
* Em dois dias, sábado e domingo, oito corpos passaram pelo IML de Marabá.
* Na segunda-feira, no mesmo instante em que uma quadrilha tentava assaltar a filial da Big Ben com troca de tiros e morte de um facínora, o marido da vereadora Júlia Rosa (PDT) foi abordado na entrada de sua residência por um elemento segurando um trabuco. Empurrado para o interior da casa, foi obrigado a entregar o dinheiro que acabara de retirar de uma agência bancária.
* Na estrada do Rio Preto, que liga Marabá aos distritos rurais, também na segunda, três assaltos a carros e caminhões, num período de duas horas.