Intensa correria esta manhã nos principais gabinetes do governo do Estado para checar informações originárias de Tucuruí dando conta de que os movimentos sociais, coordenados pelo MAB, estriam organizando a ocupação do canteiro de obras das eclusas. Troca rápida de telefonemas de secretários de Ana Julia com as principais lideranças comunitárias, de certa forma, aliviou a tensão. Só que nenhuma estratégia de ocupação de imóveis é confirmada antes de sua consecução pelos seus coordenadores.
Acreditar nisso é o mesmo achar da existência de Papai Noel.
Hiroshi Bogéa
28 de setembro de 2007 - 03:06Sonhemos, sim. Lennon sempre disse que o “sonho não acabou”.
Boa sexta-feira.
Franssinete Florenzano
28 de setembro de 2007 - 02:54Hiro, você é “o” cara! Disse tudo. Temos um potencial fantástico para aproveitamento multimodal na área de transportes e infinitas possibilidades de novos negócios ao longo dessa imensa área de influência, no turismo, agrobusiness, indústria. Mas os governos têm visão imediatista, ninguém quer planejar sequer a médio prazo, quanto mais a longo prazo. Projetos estratégicos que já poderiam estar prontos e produzindo seus frutos ainda continuam sendo sonhos. Mas nós não podemos desistir. Vamos continuar sonhando, querendo muito, estudando, insistindo, cobrando, buzinando nos ouvidos dos governantes e esclarecendo a população sobre essas alternativas de vida melhor. Abração!
Hiroshi Bogéa
28 de setembro de 2007 - 02:20Querida, respondo em dois tempos:
1- Lá em Tucuruí, gatos pingados uniformizados de segurança ficam expostos em posição de guarda, totalmente alheios aos treinamentos especiais geralmente ofertados a profissionais dessa lide.
2- A navegação fluvial (que você se dedica ao tema com muita propriedade) há anos venho pautando suas vertentes em minha coluna no Diário do Pará, e mais recentemente aqui no blog. Confesso adorar este tema, por isso passei a estudá-lo, com frequência.
O atual governo do Pará demonstra equidistância das discussões travadas pelos governos do Tocantins, Maranhão e do Amazonas em reuniôes, foruns e grupos de trabalho bastante alinhavados. A diretriz é o Eixo Estruturante constituido exclusivamente de projetos da modalidade aqüaviária, as ligações complementares formadas por infra-estruturas rodoviária, aeroportuária, portuária e terminais intermodais.
O Eixo Amazônico visa conectar os estados citados à divisa Brasil/Peru através das infra-estruturas de transporte das hidrovias do rio Araguaia, Tocantins, Amazonas, Tapajós e do rio Solimões, detendo, assim, uma aptidão para fluxos de cargas Atlântico-Pacífico e integração Sul Americana. Outra característica desse eixo é prover a acessibilidade dos fluxos de carga provenientes do Eixo Norte-Sudeste e Eixo Centro-Norte com destino ao comércio internacional, por meio do Oceano Atlântico.
O eixo Norte tem suas extremidades em Pedro Afonso, Araguanã, Araguaína e Estreito (Tocantins), Imperatriz e Açailândia (Maranhão), além de Conceição, São Geraldo, Marabá, Tucuruí e Barcarena – apoiados pela Ferrovia Norte Sul, com sua perna projetada de Açailândia a Belém.
A dimensão disso é imensurável. Pontos se interligarão com outros pontos a surgirem com o tempo, passando pela Hidrovia do Marajó e Macapá , uma das extremidades situada no porto de Santana que é bastante privilegiado pela localização geográfica.
O eixo passa ainda por Manaus, importante localidade para o transporte hidroviário da região, pois apresenta conexões com a hidrovia do Rio Branco, acessando a capital de Roraima, e com hidrovia do Solimões, possibilitando a integração com a Colômbia e o Peru.
No grande projeto intermodal, os portos de Itacoatiara (AM) e Santarém são importantes pontos de transbordo e processamento de cargas. Itacoatiara é responsável pela operação de cargas agrícolas, principalmente soja, com origem no Centro-Oeste e transportada pelas hidrovias do Madeira e Tapajós-Teles Pires.
O mapeamento disso, Franss, é fantástico. Exige governo que pense grande. Muito grande.
Beijos.
Franssinete Florenzano
28 de setembro de 2007 - 01:39É alarmante que o governo federal não garanta a segurança de uma área tão importante. Nos Estados Unidos, visitei eclusas em cinco Estados, e em todos a responsabilidade é das Forças Armadas. A Guarda Costeira e o Corpo de Engenheiros trabalham em fina sintonia, além dos serviços de inteligência. E olha que lá as próprias empresas bancam os custos, fazem parcerias com o governo. Aqui no Brasil todo mundo passou anos falando em PPP – Parceria Público-Privada, eu até produzi um material em CD, com animação gráfica, para um evento Brasil – Alemanha, propondo eixos de navegação fluvial integrando todo o Brasil e se expandindo para nossos países vizinhos, até a saída pelo oceano Pacífico. Depois, como por encanto, ninguém falou mais no assunto.
Anonymous
26 de setembro de 2007 - 20:15SENHOR BLOGUEIRO PODE ATÉ SER MENTIRA MAS AQUI EM TUCURUI É CADA VEZ MAIOR O COMENTÁRIO DE QUE O ROSERVAM ESTÁ PREPARANDO A TURMA DELE PRA INVADIR AS ECLUSAS.