O outro fato, por conta e graça do despreparo de policiais, transformado em escândalo nacional: o caso da garota de Abaetetuba jogada aos vinte presos para “consumo” literalmente interno.
A intensidade de sadismo dos protagonistas do ato criminoso, por si, revolta qualquer pessoa. Sob o aspecto político, um prato recheado de quitutes constatar a sua consumação em pleno governo do PT comandado por mulher, historicamente, defensora dos direitos das pessoas.
Pior de tudo é que até agora a gestão de Ana Júlia está perdendo a guerra de comunicação. Ficou como que num processo de letargia, limitando-se praticamente a divulgação de uma nota oficial quando o fato requer a participação maciça de secretários e parlamentares da base aliada explicando com veemência as atitudes de governo tomadas – se realmente foram tomadas e estão em andamento – em relação ao caso da garota violentada sexualmente.
O imobilismo lembra aquela velha expressão cabocla: “o carro se atolou-se: nem pra frente e nem pra trás”.
Ou seja, deixou de explorar positivamente o restabelecimento da ordem na zona rural e não explica de forma convincente quais decisões assumidas para esclarecer o caso de Abaetetuba e punir exemplarmente os responsáveis pelo desumano ato.