Abordado pelo blogueiro sobre a manifestação em frente a Unifesspa, o reitor da Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará, alcançado há poucos instantes acompanhando a comitiva do presidente Lula,  e participando da Cúpula da Amazônia, em Belém, Francisco Ribeiro  disse que  é bastante delicada a situação.

Segundo ele, “não há garantias de bolsas para uma parte significativa dos discentes quilombolas e Indígenas. Contando com aqueles que ingressam agora em setembro, são em torno de 120 sem bolsas”.

Francisco Ribeiro, inicialmente, disse que manifestação dos quilombolas e indígenas “é legítima”, considerado as dificuldades financeiras encontradas pelos estudantes universitários.

“Por conta de estar ainda com o orçamento de 2022, um orçamento deficitário, bom ressaltar, o Ministério da Educação não conseguiu, até agora, repassar para a Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará todas as bolsas dos indígenas e quilombolas que têm direito”, disse Francisco.

Em contato permanente com o MEC, o reitor lembrou que, na última segunda-feira, conversou em Santarém com o ministro da Educação, Camilo Santana, sobre a situação.

Camilo passou a Francisco essa informação a respeito dos limites orçamentários.

“O ministro me disse que o MEC está contingenciando (fazendo controle de despesas)  o orçamento por conta  da limitação orçamentária imposta pelo orçamento do ano passado”, disse.

Mesmo diante das dificuldades para atender as necessidades dos estudantes quilombolas e indígenas, há otimismo por parte de Francisco Ribeiro.

“Eu acredito que vamos conseguir resolver essa situação. Existe a possibilidade de ser enviado ao Congresso um projeto com objetivo de dar um upgrade (atualização de algo)  no orçamento do MEC para essas questões”, finalizou Francisco Ribeiro.