Um dossiê hipoteticamente produzido por servidores da prefeitura de Itupiranga denuncia um suposto esquema de lavagem de dinheiro praticado pela atual gestão pública.

Documento, sem assinaturas, lembra que o município vive crise financeira, em especial a secretaria de Educação,  com punição aos servidores que deixaram de receber em dia  o salário municipal..

De uma hora pra outra (a Prefeitura) começou a atrasar salários dos servidores e prestadores de serviços, em especial, serviços essências como o  transporte escolar”, diz trecho do citado dossiê.

O texto da denúncia adianta que “a prefeitura de Itupiranga vem usando dinheiro do Fundo Municipal de Educação, Fundo Municipal de Assistência Social, Fundo Nacional da Saúde, onde cada fundo firmou contratos com a rádio Jovem FM, na ordem de R$. 453.635,00,”.

Segundo a publicação, o  gabinete do prefeito Benjamin Tasca efetuou aprovou recurso da  ordem de R$. 959.635,00, para custear divulgação na Rádio Jovem FM.

Adianta o dossiê:

Revoltados, servidores da pasta (Educação)  nos enviou (sic) os contratos de prestação de serviço entre a Prefeitura Municipal de Itupiranga e dos respectivos fundos com a empresa Leonardo F. de Brito Publicidade – ME, ou seja, (RÁDIO JOVEM FM), CNPJ: 28.111.209.0001-4, ao todo são quatro contratos que somados chegam ao inescrupuloso valor de R$ 2.320.540,00, (DOIS MILHÕES, TREZENTOS E VINTE MIL, QUINHENTOS E QUARENTA REAIS) firmados entre a Prefeitura de Itupiranga e a Rádio Jovem FM, que rende a emissora cerca de R$. 193.378,33 (CENTO E NOVENTA E TRÊS MIL, TREZENTOS E SETENTA E OITO REAIS, TRINTA E TRÊS CENTAVOS) ao mês”.

 

Em outro trecho da publicação, denunciantes dizem que o município não tem voz de oposição para combater os desmandos de Benjamin Tasca.

Tentando entender a falta de apoio da imprensa local contra os descasos com a categoria (Educação), os servidores lesados dizem que só agora entendem a parcialidade da emissora e do diretor Murilo Ferreira, numa desesperada e intransigente defesa da Prefeitura Municipal de Itupiranga e do Prefeito Benjamin Tasca, entrando ao vivo via telefone como dono da verdade, falando pra muitos e acreditado por poucos, sendo que, sequer mora em Itupiranga. Em certos momentos Murilo Ferreira chega ao cumulo do ridículo atacando covardemente aqueles que buscam e cobram por seus direitos básicos como o pagamento do Piso Nacional dos Professores de R$ 4.420,55, que hoje o prefeito Benjamin Tasca se nega a pagar, aplicando um verdadeiro calote nos professores”, diz a nota.

O dossiê diz estar havendo prática  de falsidade ideológica no município, com  fiscais de contratos de convênios federais substituídos por pessoas que não fazem mais parte da administração.

O que vem chamando a atenção dos servidores não são apenas os contratos com valor global totalmente descabido, em um deles que o contratante é Fundo Municipal de Saúde, que entrou em vigência em 20/12/2022, na gestão do ex-secretário Wanderil Lima, quem aparece como Fiscal responsável pelo contrato é o ex-servidor Waldir Pereira da Silva (Waldizinho da Saúde), falecido antes da assinatura do contrato, outro fato intrigante e que chama atenção é o nome de Hérica Fontes da Silva, como Fiscal responsável do contrato com Fundo Nacional da Educação, segundo os servidores da SEMED, Hérica foi demitida pelo prefeito municipal após calorosa discursão sobre o sumiço do dinheiro da educação”.

 

O que mais intriga a população de Itupiranga é a falta de atuação do Ministério Público na fiscalização dos desmandos, cada dia mais crescentes.

Embora não tenha demonstrado eficiência na cobrança de aplicação correta dos recursos públicos de Itupiranga, o Ministério Público deverá ser, outra vez acionado, conforme diz trecho do dossiê:

 

Diante de tantos indícios de corrupção nos contratos, os servidores que pedem para não ter os nomes divulgados por medo de represália o algo pior,  prometem divulgar alguns contratos suspeitos de superfaturamento como esse, encaminhando copias ao M.P.F. (MINISTÉRIO PUBLICO FEDERAL), que tem a competência de investigar os contratos com os FUNDOS acima citados, já o contrato com o gabinete do Prefeito Benjamin Tasca será encaminhado ao M.P.E. (MINISTÉRIO PUBLICO ESTADUAL) e Câmara de Vereadores para seja tomada a devida providencia.

Diante das provas contidas na denuncia e circunstâncias que demonstram a necessidade da medida cautelar, os servidores da educação pretendem entrar com o pedido de afastamento do prefeito, requisitos previstos no artigo 282, incisos I e II, do Código de Processo Penal (CPP).

Para conhecimentos do povo de Itupiranga, segue em anexo a copia dos contratos extraídos do PORTAL DA TRANSPARÊNCIA DA PREFEITURA MUNICIPAL DE ITUPIRANGA”.

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Nota do blog 1: alguns palavras e frases publicada em maiúsculas afzem parte do texto original do dossiê;

 

Nota do blog 2: o blog recebeu também cópias dos contratos assinados pela Prefeitura com órgãos de divulgação do município reportados no post.