Cumprindo compromisso assumido com as regiões Norte e Centro-Oeste, a presidenta Dilma Rousseff assina nesta quinta-feira (20), em Marabá, a ordem de publicação do Edital de Licitação para execução do derrocamento do Pedral do Lourenção (foto), obra considerada estratégica para o desenvolvimento da região do Carajás e de todo o Meio Norte do País e fundamental para o escoamento da produção de grãos e de parte do minério extraído na região.
O Pedral é um trecho de formações rochosas no rio Tocantins, localizado entre Itupiranga e Marabá, que impede a navegação, no período de estiagem na Amazônia, entre Marabá e o Porto de Vila do Conde, em Barcarena, ao norte do Pará. O anúncio da obra será feita em evento que reunirá também 89 prefeitos paraenses que receberão 110 máquinas pesadas do Programa de Aceleração do Crescimento – PAC II.
A execução do derrocamento do Pedral reabre a discussão sobre a implantação da ALPA, siderúrgica da mineradora Vale em Marabá, cujas obras de instalação estão praticamente paralisadas. Espera-se que o derrocamento do Pedral anime a mineradora a investir mais fortemente na conclusão de sua planta técnica.
O Governo Federal com o derrocamento do Pedral, a construção das Eclusas de Tucuruí e a ampliação do Porto de Vila do Conde, em Barcarena, sinaliza de forma positiva para o incremento do modal de transporte aquaviário na região.
Após o derrocamento e a consequente conclusão da hidrovia Araguaia-Tocantins, será possível acelerar a revitalização do Distrito Industrial de Marabá, que já conta com a Aço Cearense, proprietária da Sinobrás, que produz vergalhões de aço, gerando mais empregos e garantindo recursos para investimentos em saúde, educação e tantas outras áreas.
Assim, o derrocamento é essencial para viabilizar o polo industrial da região sul-sudeste do Pará, em Marabá e garantir o escoamento da produção de estados vizinhos, em especial Mato Grosso e Tocantins. Por isso as lideranças desses estados se mobilizaram para que a obra da Hidrovia Araguaia/Tocantins fosse retomada como obra complementar às eclusas e ao porto de Barcarena, tornando-as úteis de fato para o desenvolvimento da região amazônica.
Além disso, a hidrovia do Araguaia-Tocantins é o caminho natural para viabilizar a ZPE de Barcarena, um desejo antigo do Pará e que industrializará diversos minerais, em especial o cobre, além de assegurar a ampliação da cadeia do alumínio.
José Rubens miro Limaonte
27 de março de 2014 - 12:26O derrocamento do lourenção, alem de quassar em pacto ambiental na vida dos ribeirinhos que vão navios passar, não traz nada de melhorias da qualidade de vidas dessas pessoas da margem do rio!!
Marcus
20 de março de 2014 - 11:01Preparem-se para o novo ciclo de exploração em Marabá. Antes era a Alpa….tudo subiu de preço, a cidade virou um canteiro de poeira, só lote, lote, lote..aluguel nas alturas e o jargão na língua do povo: “quando a ALPA chegar…”.
Não duvido que a partir de amanhã a história vai se repetir (aliás já começou)…a subida de preços vai começar de novo, pois agora tudo será, “ah, mas quando a hidrovia chegar…”
E as mazelas sociais, essas sim, nunca pararam de crescer
Rildo Brasil
19 de março de 2014 - 18:49Se acontercer mesmo este derrocamento, quero ver se as outras promessas irão acontecer mesmo. Bom será para nossa cidade, o desenvolvimento virá mais rápido e as dores de cabeça com o inchamento de nossa população será grande para os futuros prefeitos.
É torcer…