Há no Pará um outro caso revelador da falta de estrutura que rói os inquéritos da PF. Refere-se a uma operação batizada de Galiléia. Foi pendurada nas manchetes em 25 de abril de 2006.
Envolve uma quadrilha acusada de fraudar licitações na Companhia Docas do Pará. Prejuízo estimado em ao erário estimado em R$ 7 milhões. Dezessete presos; 53 batidas de busca e apreensão.
Mercê da letargia da PF, só em 26 de abril de 2007, exatamente um ano depois do show, o Ministério Público pôde formular uma denúncia.
Foram às barras dos tribunais 19 pessoas e nove empresas. Mas até hoje, mais de dois anos depois da deflagração da operação policiais, há computadores apreendidos que não foram submetidos a perícia.
A essa altura, o processo corre no TRF (Tribunal Regional Federal de Brasília). E ainda não se sabe os computadores intocados contêm ou não provas relevantes para o caso.