O deputado Luis Cunha não emitiu qualquer documento falsificado ou adulterado. Recebeu, sim, na condição de presidente em exercício do PDT, dois expedientes encaminhados pelo vereador Nilson Paulino Moreira, o primeiro datado de 16.08.2007, e o segundo em 04.09.2007, ambos no sentido de comunicar que havia recebido oferta financeira, no valor de R$10 mil, do vereador Paulo Barros e da vereadora Tereza Souza de Medeiros, para integrar um grupo de vereadores que se associariam para afastar o prefeito de Viseu, Luiz Alfredo Amin Fernandes, e que comprovantes de depósitos bancários em seu poder atestariam a veracidade da denúncia, como se verifica no fac-simile em anexo. No segundo expediente recebido pelo deputado Luis Cunha, além de reiterar os fatos e pedido de providências do PDT, o vereador Nilson Paulino Moreira relatou ameaça de Paulo Barros de negar legenda à sua candidatura, se não aceitasse a proposta que denunciara ao partido.
Em outro parágrafo, reporta-se à gravação dele com o vereador que o acusa, Paulo Barros, como forjada:
O deputado Luis Cunha entende que tudo não passa de um movimento político para atender interesses particulares e tal gravação, se existe, é certamente forjada com frases adulteradas propositadamente, numa montagem infame para denegrir a sua imagem de homem público, que nunca sofreu qualquer nódoa.
Ao contrário do que diz o vereador Paulo Barros, ele é quem pediu ao deputado Luis Cunha e ao PDT que emitisse documento com data retroativa, a fim de livrá-lo das acusações a que responde. Tanto o deputado Luis Cunha quanto o PDT não fizeram qualquer manifestação em seu favor, do que deduz-se o seu gesto traiçoeiro e antiético, com acusação falsa e torpe contra o deputado de seu próprio partido.
Defesa do parlamentar publicada aqui.
Franssinete Florenzano
4 de março de 2008 - 18:02Hiro, o deputado Luis Cunha foi hoje à tribuna da Alepa provar sua inocência. Além da solidariedade de todos os partidos, uma foi especialmente marcante:a da deputada Simone Morgado, sua adversária política, que teve a grandeza de levantar e abraçá-lo no meio do plenário, depois que Luis Cunha desceu da tribuna, onde apresentou sua defesa. Ela mostrou, de forma elogiável, que é possível divergir politicamente sem trafegar no pantanoso terreno da urdidura de tramas caluniosas. O deputado Luis Cunha teve a lama lançada contra si sem a menor chance de defesa, e nada vai curar a dor que passou. Mas o seu algoz acabou dando um tiro no próprio pé. Hoje mesmo, o TRE encaminhou ao Ministério Público de Viseu pedido de apuração das denúncias contra o vereador Paulo Barros, acerca de sua participação na organização de um grupo, mediante pagamento, para assumir determinadas posições político-eleitoreiras. E o PDT não o reconduziu ao mandato de presidente da Comissão Provisória em Viseu, além de ter aberto processo perante o Conselho de Ética.