Relator do substitutivo ao Projeto de Lei 6424/05 que anistia mais de 35 milhões hectares de desmatamento ilegal no Brasil, o deputado ruralista Marcos Montes (DEM-MG) é a nova pérola do Congresso Nacional, ao lado do senador paraense Flexa Ribeiro (PSDB), autor do PL denominado pelos ambientalistas de “ Floresta Zero”.
A predadora figura mineira iniciou a semana, em Brasília, atacando a proposta dos ambientalistas de recomposição ambiental de tudo o que foi devastado na área incluída no projeto. “Essa é a nossa briga. O produtor não tem como recompor. Quem vai pagar isso? Isso custa mais de R$ 400 bilhões, quase 15% do PIB brasileiro”, discursa Montes.
E quem vai pagar o grande mal que os desmatadores fizeram ao meio ambienta? A mãe do deputado mineiro e a do senador Flexa?
Anonymous
16 de novembro de 2009 - 23:31Tirando a mãe do assunto, gostaria de mencionar alguns aspectos. A gente costuma a jogar as responsabilidades para o lado do vizinho, mesmo que seja nossa culpa.
Alegarmos que o desmatamento é uma responsabilidade de quem tem fazenda é uma saída rápida e injusta para o problema.
A legislação ambiental brasileira é um caos. Pergunte-se mundo a fora quem adotou pelo menos a metade das nossas leis.
Outro aspecto relevante é observarmos que as políticas nacionais sempre miraram o corte da floresta, pois além da madeira, é com o uso alternativo que se produz alimentos e minérios.
Vale a pena lembrar que ninguém desmatou. Todos foram induzidos a desmatar pelas políticas nacionais de desenvolvimento e de integração.
É um problema histórico e não é de agora. Vejamos a exploração da Mata Atlântica para produção de madeira com a mesma política de integração, com as estradas de ferro: leia-se o livro de Warren Dean – A ferro e fogo.
Redundar tudo para dentro das porteiras é muito fácil. Observemos que nem a pequena propriedade está longe dessa problemática. Os maiores índices de desmatamento estão dentro dos assentamentos para reforma agrária, e mesmo assim ainda importamos alimentos do sudeste, sul e centroeste brasileiro.
Quem paga a conta é quem vota mal e não se lembra em quem votou. Pagará duas vezes por não acompanhar a votação de leis, a imposição de medidas provisórias e por não acompanhar o trabalho legislativo. Pagará três vezes mais por só se lembrar do desmatamento quando passa na televisão nos domingos ou, quando vez por outra, lê o jornal.
Agora, meter a figura materna no assunto não me parece ser uma solução para o problema.
Anonymous
16 de novembro de 2009 - 22:47Caro Hiroshi, o problema é esse. As autoridades sabem, nós sabemos quem são os responsaveis e, que poderiam se reunir tambem, como o fizeram prá desmatar, para contribuirem para um fundo visando pelo menos minimizar os efeitos maléficos perpetrados pelos mesmos contra o meio-ambiente. Em 16.11.09, Marabá-PA.
Anonymous
16 de novembro de 2009 - 19:21Com certeza a tua mãe.