O governo de Cuba informou nesta quarta-feira que está saindo do programa social Mais Médicos no Brasil devido às declarações “ameaçadoras e depreciativas” do presidente eleito Jair Bolsonaro, que anunciou mudanças “inaceitáveis” ao projeto governamental.
“Diante desta lamentável realidade, o Ministério da Saúde Pública (Minsap) de Cuba tomou a decisão de não continuar participando do programa ‘Mais Médicos’ e assim o comunicou à diretora da OPS (Organização Pan-Americana da Saúde) e aos líderes políticos brasileiros que fundaram e defenderam esta iniciativa”, anunciou a entidade em comunicado.
Nestes cinco anos de trabalho, cerca de 20 mil funcionários cubanos atenderam mais de 113 milhões de pacientes, em mais de 3.600 municípios, chegando a cobrir, com eles, um universo de até 60 milhões de brasileiros, na época em que constituíam 88% de todos os médicos participantes do programa. Mais de 700 municípios tiveram um médico pela primeira vez na história”, diz o documento.
No Twitter, o presidente eleito afirmou que condicionou para a continuidade do programa de saúde a “aplicação de teste de capacidade, salário integral aos profissionais cubanos, hoje maior parte destinados à ditadura, e a liberdade para trazerem suas famílias”.
Luis Sergio Anders Cavalcante
23 de novembro de 2018 - 17:43Ô Apina. Basta pesquisar um pouco e se re(conhece) a figura do Dr. Nésio. Radical em presença de seus iguais, Dr. Nésio “vermelho” de carteirinha, não o é, nunca foi, e nunca será “operário”, enfrentador de situações belicistas. Não tem coragem para isso. Seu nome constou em lista de investigados. O PC do B foi origem de todos que se rebelaram contra o governo militar. Era tido pelo investigadores como não possível “operário”. Como ex militar, conhecí alguns e participei de prisões como de José Genoíno. que, foi alcunhado de “frouxo”, pois não aguentou a pressão e logo entregou os companheiros. Dr. Nésio muito esperto, não ? 23.11.18, Mba.-PA.
Adevaldo souza araujo (Vulgo Apinajé)
21 de novembro de 2018 - 12:45Boa tarde amigos.
Me parece um equívoco associar a escola médica cubana ao modelo preconizado por Abraham Flexner,a medicina cubana ao meu ver é mais generalista e preventiva,sobretudo essa do “MAIS MÉDICOS”,enquanto a medicina defendida por Flexner é mais intervencionista,propõe a cura do sintoma quando a doença já instalada,analisando de maneira segmentada cada caso e o órgão acometido da enfermidade,quase “esquecendo” o indivíduo como um todo, daí, surgiu-se a figura do médico especialista.o que nem de longe é o forte da medicina cubana.
Esse artigo do DR. Nésio, foi publicado no blog vermelho,passarela favorita de 11 entre 10 militantes de esquerda,isso por si só, não o descredencia a opinar sobre esse ou qualquer assunto de interesse de nosso país,porém, devemos apresentar todas as nossas credenciais.Se há exageros e até mentiras nas argumentações daqueles que defendem as medidas prometidas por Bolsonara,óbvios que existem,também é verdade que em seu artigo constam exageros e inverdades,certamente não as cometeu por má fé,mas,talvez por paixão política,sentimento comum hoje em dia no país polarizado enter nós e eles.
Dr. Nésio,além de médico e educador,é filiado ao PCdoB,já foi candidato a vereador pelo partido em Santa catarina,hoje milita no Tocantins,isso nada depõe contra sua honra,pelo contrário,o credencia a fazer uma oposição ao Governo Bolsonaro que se inicia no primeiro dia de 2019,espero apenas que seja uma oposição construtiva,pensando no Brasil,assim como sempre fiz,mesmo nunca tendo votado no PT e seus satélites,sempre fui torcedor do titular do executivo.
Deixo um ,convite a todos os leitores do HB para que juntos sejamos vigilantes com o Bolsonaro,dando-lhe um tempo mínimo para que implemente suas políticas de governo,caso melhore a vida de todos,aplaudamos,do contrário, vaia na “boneca”e cobremos as melhorias prometidas,aproveito ainda para que façamos uma grande campanha para a prisão de muitos corruptos que ainda desfilam por aí com ar de autoridades,dentre eles,O sr.Aécio,sr.Michel Temer,Padilhas,Jucás,Gleisys,Lindiberg,Eunicius,Moreiras Francos,e toda a rataiada que desde sempre ataca nosso paiol chamado Brasil.
Por coerência,assino o comentário com meu nome próprio,a quem de interesse,pode puxar minha capivara.RSRSRS
João Dias
19 de novembro de 2018 - 11:47“AS MENTIRAS QUE CONTAM SOBRE A MEDICINA EM CUBA.
Desde que foi criado o Programa Mais Médicos e grande parte dos profissionais que o integram vieram de Cuba, muita mentira tem circulado sobre a formação daqueles profissionais oriundos e suas condições de trabalho no Brasil. As mentiras se espalharam com maior profusão nas redes sociais e se intensificaram depois que Jair Bolsonaro afirmou que fará mudanças no Mais Médicos que tornam inviável a permanência dos cubanos no programa e levaram Cuba a encerrar a parceria.
Por Nésio Fernandes*
18/11/2018 às 13:14:10
Espero que este texto ajude a entender como é a formação médica no Brasil e em Cuba partindo de algumas ideias erradas que tem sido divulgadas.
Curso de Medicina em Cuba segue o modelo soviético.
LOROTA. O modelo soviético de medicina nunca entrou em Cuba. O modelo cubano de formação médica segue o modelo flexineriano clássico, o modelo norte-americano, o mesmo seguido pela formação médica no Brasil. O diferencial na formação cubana é a intensiva carga horária prática, a formação humana e o rigor na avaliação e exigência nos estudos.
FORMAÇÃO MÉDICA TEM APENAS 4 ANOS
O curso tem 6 anos, divididos em 2 anos de ciências básica e préclinica e 4 anos de clínica. Igual ao Brasil (profundamente parecido as Diretrizes Curriculares Nacionais do Brasil), igual ao modelo flexineriano.
Como a residência médica é universalizada, todos os egressos tem acesso direto à residência médica, sendo obrigatória à residência em Medicina de Família e Comunidade (lá chamada de MGI) antes de cursar uma segunda residência.
Na sede da Escola Latino Americana de Medicina (ELAM) em Havana, os estrangeiros cursam os 2 primeiros anos de ciclo básico e pré-clínico, os 4 anos clínicos seguintes cursam em 18 faculdades espalhadas no País, realizando o estágio nos diversos hospitais e serviços de atenção primária em saúde.
75% da carga horária é hospitalar!
Cuba forma 300 médicos por ano
Cuba universalizou o acesso a universidade a todas as províncias e a maioria dos municípios do país possuem faculdades em diversas áreas. Os cursos de medicina existem em todas as microrregiões do país, cada faculdade deve formar entre 50 e 100 médicos por ano.
A ELAM que recebe estudantes estrangeiros chegou a receber 1.000 estudantes ano, hoje tem uma matrícula bem menor e não se restringe a américa-latina.
Médicos graduados em Cuba querem fugir do Revalida
90% dos médicos graduados em Cuba revalidam seus diplomas em um ou dois anos após formados. Se preparam para os exames de revalidação no Brasil, muitos fazem os mesmos cursos preparatórios para os exames das provas de residências médicas que os médicos formados no Brasil fazem.
Médicos formados em Cuba são do MST, do PT e do PCdoB
A ampla maioria dos estudantes brasileiros e estrangeiros em Cuba não são militantes de partidos de esquerda. Quando existiam as bolsas de estudo, que já não existem mais como na época de Fidel, somente 30% das vagas eram ofertadas às organizações como MST, PCdoB, PSB e PT. Mesmo entre esses, encontramos hoje eleitores de Bolsonaro.
A maioria dos estudantes de Medicina em Cuba, cubanos e estrangeiros, são jovens comuns que sonham em ser médicos, viver a sociedade de consumo e não são nem um pouco politizados. É fato que entre eles encontramos uma proporção importante de jovens interessados em trabalhar com a saúde pública. É uma estupidez afirmar que são agentes de internacionalização do socialismo cubano. Nem estrangeiros, nem cubanos querem “exportar o modelo cubano”.
MÉDICOS CUBANOS SÃO AGENTES INFILTRADOS.
Médicos cubanos geralmente não gostam de política, estão preocupados em enviar recursos financeiros a suas famílias e a melhorar de vida como qualquer pessoa comum. São extremamente disciplinados e não se metem nas questões políticas internas de outros países. A maior parte dos países que já receberam missões médicas cubanas são governados por políticas de direita e são países capitalistas.
Médicos cubanos são piores ou melhores que os médicos brasileiros
Existem médicos bons e ruins em todos os países, inclusive entre cubanos e brasileiros, a questão é que os médicos cubanos são funcionários públicos que participam de uma missão oficial de seu país e vão trabalhar em áreas e em condições que os médicos brasileiros não aceitam, até os brasileiros formados em Cuba não vão para onde eles vão.
Os médicos cubanos são escravos
Os médicos cubanos recebem aproximadamente R$ 3.300,00 do valor pago a Cooperação com a OPAS/CUBA. Também recebem em média R$ 2.500,00 reais de auxílio moradia e alimentação dos municípios onde trabalham. Isso equivale a R$ 5.800,00 reais de remuneração/mês. Esse valor não tem nada de trabalho escravo. Médicos dos países capitalistas da américa-latina como Uruguay, Chile, Argentina, Colômbia, Perú, recebem médias salariais menores que essa para trabalharem 32h semanais, como trabalham os médicos cubanos no Brasil. Em diversas capitais do Brasil esse valor é próximo a remuneração dos médicos praticadas no SUS.
A presença dos médicos cubanos é um desrespeito a medicina brasileira.
No Brasil 40% do orçamento do Governos Federal vai para os juros e amortização da dívida.
A carga tributária sobre os trabalhadores e a classe média é absurda.
Desconte os 27,5% do Imposto de renda, os 40% da arrecadação federal que ficam com a especulação, os lucros exorbitantes dos Bancos, o valor pago pelo SUS a consulta médica especializada (R$ 10,00), o valor que a Unimed e outras operadoras descontam e repassam aos médicos brasileiros, a terceirização plena, a Politização da profissão médica e o fim dos direitos trabalhistas: entenda que o problema da medicina no Brasil não está nos cubanos, está na política de ajuste fiscal e neoliberal que o Brasil esta submetido desde o governo Collor.
CONSIDERAÇÃO FINAL
De fato Cuba não é o país das maravilhas, nem Fidel ou Raúl eram Alice, mas entendo que o respeito a autodeterminação dos povos e a boa educação com os imigrantes deve prevalecer diante de preconceitos raciais, ideológicos, políticos, religiosos, gênero etc…
O Brasil viveu anos de ódio e intolerância, penso que o momento é de repensar e unir nos em torno de um Novo Projeto Nacional de Desenvolvimento para o país, tornando o Soberano, Desenvolvido, Justo e democrático.
*Nésio Fernandes de Medeiros Junior é médico e educador.
Rafael Bonfim Lima
18 de novembro de 2018 - 18:01Ninguém está expulsando os cubanos do Brasil. O revalida está ai, ele atesta a competência do médico para realizar atendimentos em território nacional. De nada adianta alocar pseudo medicos nas localidades remotas apenas para dizer que há “médicos”, antes não ter atendimento do que ter iatrogenia.
Otávio Barbosa de Sousa
16 de novembro de 2018 - 08:45Que bom saber, que o novo governo está preocupado com as condições de trabalho e salário dos trabalhadores no Brasil.
Luis Sergio Anders Cavalcante
15 de novembro de 2018 - 16:27É Apina, o regime ditatorial cubano estava achando “bem bom” receber de graça todo mês uma dinheirama oriunda do Mais Médicos. Ora, dos RS 11.000,00 que cada médico recebe, 7 mil são para o regime e sòmente 4 mil para o próprio médico. Sua ideia quanto aos financiados pelo FIES e afins, é viável sim. Ademais, à título de complementação de suas colocações, a adesão de médicos recém formados, tenderia a pelo menos, num primeiro instante, minimizar a prática nefasta de muitos profissionais de saúde, que possuem e manipulam, 2 ou 3 empregos simultâneamente, inclusive fazendo jús a horas extras não trabalhadas, tirando assim, a oportunidade de outros médicos. Acho que é por aí mesmo. Em 15.11.18, Marabá-PA.
Marcus
15 de novembro de 2018 - 12:19Alguém já perguntou aos médicos cubanos se eles se consideram “escravos”, como muita gente está dizendo?
Sabe o que o governo cubano faz com o dinheiro recebido? Investe em educação e saúde, formando mais médicos de forma GRATUITA.
Não é só o Brasil que recebe médicos do programa. Como pode o Brasil, com muuuuuitos mais médicos formados, precisar de médicos estrangeiros?
Por que simplesmente os “doutores” não querem atender nos municípios mais pobres. É só olhar na nossa região…cubano atende de segunda a sexta, manhã e tarde, enquanto médicos concursados atendem 1 ou 2 vezes por semana. E ninguém acha ruim né…pq os médicos são intocáveis.
Apinajé
16 de novembro de 2018 - 15:28Coerência é o que se espera,por alguns comentários lidos aqui,vejo que ainda tem gente querendo continuar a campanha eleitoral.
Primeiro,não dá para perguntar para nenhum cubano o que ele acha do regime da ilha,para os desavisados (ou mal intencionados)entre os cubanos que por aqui estão,tem agente duplo,médico e informante,nem por aqui eles estão livres de pressão.não esqueçamos que seus familiares ficaram como garantidores de seus atos aqui,reféns mesmo!
Se os médicos cubanos pudessem responder eu perguntaria:se gostariam de receber o salário integral,e mandar proventos diretos para seus familiares?
Aos que dizem que outros países também usam desse programa,parabéns!É pura verdade!Porém esqueceu-se de dizer quanto custa para os cofres desse países atendidos nos mesmos moldes:Eu digo:Angola,Moçambique etc…Pagam um terço do valor pago por nós!só pra ficar na língua portuguesa.
Luis Sergio,meu respeito de sempre por suas intervenções,mesmo quando discordamos,respeito sua opinião,sempre tem argumentos plausíveis,meu respeito também pela opinião dos demais,mesmo não enxergando fundamentos eu suas ponderações,ainda assim é melhor que se expressem,só assim poderemos mensurar o tamanho do trabalho que teremos para transformar nosso país em nação,Viva a república.
Apinajé
14 de novembro de 2018 - 15:57Bem amigos do HB!
Acho justo que Cuba chame seus cidadãos de volta,bem como também é justo o novo governo rever as regras contratuais desses profissionais,ao que me parece,o presidente eleito quer melhorar as condições dos médicos que aqui atuam,dando-lhes melhores salários,cidadania e liberdade de escolha e de ir e vir,já o governo Cubano,quer trata-los como cidadãos de segunda classe,assim como faz com seus compatriotas habitantes da ilha.
Se fizer uma devassa nas contas do programa mais médicos,o novo governo descobrirá que esse foi um bom programa para o povo brasileiro,mas,um excelente meio de transferência de recursos para dá sobrevida a ditadura cubana.
Quer preencher essas vagas rapidinho?Estabeleça uma regra:Todo aluno de medicina,financiado pelo fies,cotista,bolsista etc…deve cumprir dois anos de trabalho nos municípios servidos pelo “mais médicos”,ganhando salário compatível com a função,assim resolveria dois problemas,médicos nas periferias do Brasil e amortização das contas do financiamento estudantil que hoje tem um rombo quase incalculável.
Djalma Guerra Junior
14 de novembro de 2018 - 21:30Só rindo kkkkk