Quando o grupo de jetskistas adentrou a eclusa 1 de Tucuruí, por volta de 16 horas do último sábado, rumo a Belém, registrava-se ali um momento histórico: pela primeira vez, a gerência de operações da usina fazia a eclusagem de motos náuticas.
O ingresso dos quinze jets e dois jetboats na obra de engenharia hidráulica, atracados no interior do elevador fluvial, causou curiosidade nos funcionários que operam as duas eclusas, que se posicionaram em pontos estratégicos para observação e clicagem de suas máquinas fotográficas.
Carlos Gil, gerente de operações das eclusas, fez questão de conversar com os pilotos, orientando-os como fazer a amarração de cada jet e informando que, naquele momento, o grupo fazia história:
– É a primeira vez que jetski entra nessas eclusas, disse.
As fotos postadas abaixo mostram a dimensão da obra construída pelo governo federal.
Para quem não conhece ainda o funcionamento dos dois elevadores, eles permitem que embarcações subam ou desçam o Tocantins, cruzando a barragem de hidrelétrica.
As eclusas funcionam como degraus ou elevadores: há quatro comportas separando os dois níveis.
O nível do lago chega, em muitas situações, a atingir 70 metros.
Quando a embarcação precisa descer o rio ela entra na câmara pelo lado montante da eclusa.
Na foto abaixo, estamos nos aproximando da comporta da Eclusa 1, que fica no limite do lago.
Adentrando a eclusa 1. Já dentro, cada piloto amarra seu jet em ganchos apropriados, instalados na parede da câmara.
Acessados à câmara todos os jetskistas, a seguir, fecha-se a comporta de montante e esvazia-se gradualmente a câmara até que se atinja o primeiro nível do reservatório inferior.Nessa primeira eclusagem, descemos cerca de 40 metros. Observem, fotos abaixo, na parede da eclusa 1, o nível do reservatório esvaziando, com a lâmina d´água definida na parede. passo a passo, marcando esvaziamento.
A comporta de jusante da eclusa 1 (abaixo) , é aberta. Os jets saíram da câmara.
Depois da passagem dessa comporta que se abre, já se vê o canal intermediário, que segue até a Eclusa 2, cinco quilômetros abaixo.
A foto abaixo, eu fiz do canal intermediário.
Plano da comporta da eclusa 1, por onde passamos, ao superar os primeiros 40 metros que separam o lago do leito normal do rio.
Abaixo, chegando ao final do canal intermediário para ingressar na Eclusa 2.
Nas imagens a seguir, acessando a câmara da Eclusa 2.
Passo a passo, esvaziamento da câmara da Eclusa 2: finalmente, estaremos no nível normal do Tocantins, depois de sua transposição em quase 70 metros.
Chegada a Tucuruí foi tranquila., depois de percorremos 110 milhas náuticas, desde Marabá.
Pernoitamos na cidade.
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Nota do blog: nesta quinta-feira, 23, imagens da viagem de Tucuruí a Cametá.
virgilino camargos
23 de maio de 2013 - 15:16Parabéns, Bogea eu queria conhecer a enclusa, agora conheço, beleza.
eclusas
22 de maio de 2013 - 14:10Fotos para o museu do Noé. Primeiro a balsa que vem de bubuia.Agora, os jets, com meu ex-aluno gente boa, o Tiago, e sua esquadra, passando pelas eclusas.Parabéns.
Agenor Garcia
jornalista.
Caro Agenor, gostei do termo “esquadra”. A palavra estava meio aboletada no congelamento da memória. Vou usá-la, no próximo post sobre a viagem de jet. Em nome do Thiago, um abraço, querido.