A Comissão Parlamentar de Inquérito, instalada na Assembleia Legislativa, para apurar os danos ambientais na bacia hidrográfica do Rio Pará, chegou à Barcarena.
É a principal fase das etapas de investigação, porque permitirá aos parlamentares integrantes da CPI ouvirem a comunidade afetada pelo desastre ambiental.
Agora pela amanhã, o deputado Celso Sabino de Oliveira (foto), relator da CPI, disse que as diligências, até agora realizadas, já permitem apontar indícios de irregularidades praticadas pela Hydro.
A CPI, diz Sabino, começará os trabalhos em Barcarena visitando as instalações da empresa.
“O que agora já se pode afirmar é que todos os esforços serão para a garantia da devida investigação dos fatos e responsabilização dos danos. Embora ainda sob investigação, foram encontrados indícios de supostas irregularidades, as quais estão sendo devidamente apuradas, inclusive com laudos técnicos. Hoje, iniciaremos a coleta de depoimentos em Barcarena – e análise dos danos nas áreas afetadas. “.
A Hydro Alunorte, empresa de capital do governo norueguês e dona da maior refinaria de óxido de alumínio do mundo, localizada no Pará, a 50 km da capital Belém, está sendo investigada por um crime ambiental que compromete o meio ambiente e a saúde de comunidades locais.
A empresa, que usa bauxita para produção de alumina (ou óxido de alumínio), é acusada de ter contaminado áreas verdes e rios do entorno com rejeitos formados de bauxita e outros elementos tóxicos como chumbo ter transbordado após fortes chuvas ocorridas na região entre os dias 16 e 17 de fevereiro de 2018.
Além disso, a empresa é questionada sobre a descoberta de um duto clandestino que despejava rejeitos no meio ambiente sem o devido tratamento.