“Dividir para governar é o lema dos separatistas de hoje. Eles sustentam seus argumentos na ausência do Poder Público de suas regiões distantes do centro de decisões do governo, geralmente no litoral.
Mas se isso foi uma verdade até o passado recente, não se pode afirmar que a distorção continue. Ao contrário, ao longo dos últimos oito anos, o país assiste a imenso volume de obras em suas áreas mais remotas.
A própria pujança econômica de algumas dessas áreas que hoje se propõem desmembrar resulta dessas ações de governo com investimentos em infraestrutura de transportes e comunicações e de financiamentos que proporcionaram o seu desenvolvimento.
Mas como no Brasil a divisão de recursos obedece à lógica da densidade populacional, com a divisão esse crescimento poderia sofrer um revés no que tange à transferência de recursos para os novos estados, pois suas áreas são grandes vazios demográficos. Em outras palavras, os novos estados nasceriam mais pobres do que são hoje.
Há ainda a considerar os custos de instalação de um novo estado. De acordo com estudo do IPEA (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), eles giram em torno de um bilhão de reais, recursos que seriam desviados das áreas de infraestrutura, da educação, da saúde e da segurança pública para custear a instalação dos três poderes em cada nova unidade federativa. Ou seja, o apoio reclamado a essas áreas continuaria faltando ou até se acentuaria pela escassez dos recursos.
Tamanho não é documento quando o assunto é estado. Se a extensão territorial o condenasse ao atraso, a Califórnia, terceiro em extensão territorial, não seria o mais rico dos estados norte-americanos. E o nosso querido Sergipe seria a mais próspera das nossas unidades federativas.”
Texto é de artigo assinado pelo senador Walter Pinheiro, do PT da Bahia, condenando a criação de novos estados.
Beto Castro
11 de junho de 2011 - 14:51Nem a Bahia, quarto maior Estado do país seria um dos mais miseráveis do mundo. Como vocês podem ver, ser do PT não significa defender o povo trabalhador. O medo que o povo baiano retome a sua luta pela criação dos Estados de Santa Cruz e São Francisco para tirar a Bahia da miséria secular preside as palavras dos novos Magalhães da política brasileira. Quem nasceu para carrasco de cadafalso jamais chegará a ser um legítimo representante do povo. Para o representante da única Capitania Hereditária que engoliu duas outras (Porto Seguro e Ilhéus), além de uma Comarca de Pernambuco e de metade do estado de Sergipe, não se podia ouvir discurso mais infeliz.
João Dias
8 de junho de 2011 - 18:24Não é estudo encomendado.
O Brasil é estruturalmente um país caracterizado pela existência de uma esmagadora maioria de municípios fracos, com pequeno porte populacional, densidade econômica pouca expressiva e significativa dependência de transferências fiscais (grifo nosso).
Só a manutenção de um Estado, que considera despesas como o pagamento de servidores públicos e verbas para deputados estaduais e governador, custa em média R$ 995 milhões por ano. “É quase um bilhão que, em vez de ir para a população, vai para gabinetes e estruturas”, afirma o pesquisador do Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas (Ipea) Rogério Boueri, que elaborou a estimativa.
Sds. marabaenses.