Chamando para si também o debate em torno do post “Contra a divisão do Pará“, o engenheiro Dário Veloso mexe mais ainda a panela, enviando o seguinte emeio:
Quanto mais busco informações em fontes confiáveis sobre os municípios que compõem o futuro Estado de Carajás, mais se cristaliza a idéia de que deveremos colocar em funcionamento, um ESCRITÓRIO TECNICO MULTIDISCIPLINAR com ,pelo menos as seguintes preocupações:
1-Infra- estrutura
2-Área Social
3-Área Produtiva
4-Área Estratégica
Detalhadamente, teríamos as seguintes preocupações:
Infra-Estrutura:
Detalhar, por município, a situação atualizada de:
Saneamento básico (água, esgoto)
Drenagem Pluvial
Pavimentação de Ruas
Estado de estradas Vicinais (quais estradas vicinais podem se tornar estaduais?)
Prédios Públicos e praças
Comunicação de voz e dados
Quais distritos tem condição de se tornar novos municípios?
Área Social:
Situar prioritariamente os seguintes tópicos:
Estado geral dos hospitais e centros de saúde (equipamentos,RH,etc)
Levantar situação de Escolas (todos os níveis) com aferição de conhecimentos de Professores,alunos e criar política de interferência positiva
Estudar distribuição espacial de mecanismos de inclusão de rendas (bolsa escola,etc), aposentadorias e inclusão de mercado de trabalho
Verificar programas e ações de qualificação de Mão de obra
Mapear o efetivo de Policias militar,civil, sistema carcerário e organizar a inteligência de informações
Área Produtiva:
Verificar nossas potencialidades:
Mapear ,por município, suas vocações produtivas para planejamento estratégico(exemplo:Eldorado de Carajás- industria cerâmica)
Buscar parcerias para fomento de tecnologia e financiamento produtivo
Articular junto as grandes mineradoras utilização de tecnologias de sub- produtos ou reciclagem
Organizar a Cultura Regional para que a mesma se torne industria de lazer e sirva como atratividade de capital financeiro
Potencializar o turismo como renda internalizada nos vários ramos da industria turística
Reflorestamento (tanto para industria moveleira como matriz energética) são possibilidades que falta convergência
Área Estratégica:
Possivelmente a mais importante da áreas:
Criar a ESCOLA ESTADO de CARAJAS para orientar os gestores municipais,secretários de governo e , inicialmente, começar a irradiar conhecimento administrativo do novo Estado
Começar a estudar a fundamentação legal para elaboração da Carta Magna do novo Estado (equipe de advogados e juristas)
Implantar centro de TI para otimizar o transito de dados e informações entre todos os municípios do futuro estado
Em cada cidade montar um grupo de Técnicos para abastecer de informações o Comitê Gestor Central (em Maraba)
Montar equipe para a transição Tributária e Fiscal do novo Estado
Equipe para elaborar o levantamento Patrimonial (do antigo Estado para o novo Estado) e também em relação a transição do funcionalismo publico
Agora, isso tudo deve acontecer com um suporte financeiro e logístico por trás para dar condições de trabalho.O tempo já esta muito curto pois as informações estão dispersas, descentralizadas, sem padronização e sem equalização temporal (tem informações antigas misturadas com novas o que não apresenta parâmetros confiáveis de gestão).
Se continuar dessa forma, temos grandes possibilidades de começar o novo Estado de Carajás com direção,metas e foco totalmente distorcidos podendo a situação piorar ao invés de melhorar .Portanto, devemos minimizar o risco investindo agora em estudos e organização.
O desafio de se estruturar um Estado completamente novo vai requerer ferramentas de informação bem modernas e bem abastecidas de informações consistentes e confiáveis e isso não se consegue instantaneamente.Precisa-se de tempo e de bons profissionais para se montar uma estrutura confiável, ágil e competente.
Minha preocupação vai nesse sentido.Estamos quase conseguindo o objetivo do Plebiscito e estamos ignorando que a vitoria nesse escrutínio vai nos trazer uma demanda enorme de problemas que precisam ser pensados agora para que tenhamos as melhores soluções possíveis.
Por enquanto é somente isso. Coloquei de forma mais sintética possível, mas poderemos ampliar as ideias de forma mais analítica.
Fico no aguardo de seus comentários.
NOTA: As preocupações do nosso amigo, advogado Plinio Pinheiro são extremamente consistentes em sua postagem “CONTRA A DIVISÃO DO ESTADO DO PARÁ” pois esse é um assunto muito sério e deve ser conduzido com a melhor e mais atualizada gama de informações.Mas acredito que seja fruta madura: uma hora cai do pé.
Anna Júlia Alfbürg
12 de abril de 2011 - 12:30Não é de se estranhar porque tantos “politiqueiros” estão interessadíssimos na criação do estado de Carajás…Devem está querendo mais uma “teta pra mamar”…
Anonymous
26 de janeiro de 2011 - 18:33Hiroshi,
Doutor Plínio tem razão quando alerta para as mazelas da criação de novos municípios, mas quanto ao Estado de Carajás o acho equivocado.
O Dário demonstrou com essa primeira idéia de planejamento abordando partes fundamentais, estar bem mais sintonizado com a realidade e com as aspirações de todo o entorno de Carajás,um novo Estado, que já existe na prática.
É só analisar os atores que bem ou mal, estão desenvolvendo a região ora em debate.
Gente de outros Estados que já estão de posse das melhores terras, dos melhores prédios, dos melhores terrenos e já aquinhoaram quase toda a economia.
Quase não há costumes paraenses cultivados aquí.Nem torcedor do Remo nem do Paissandú, uma marca de paraenssismo fundamental.
Quanto aos penduricalhos políticos entendo que devem ser aceitos e assimilados pelo novo Estado de acordo com a Constituição Federal, ou seria de acordo com o Ordenamento Jurídico?
Cordialmente.
Nilson.
Anonymous
26 de janeiro de 2011 - 13:53Anônimo disse…
Uma consideracao importante para o Estado de Carajas e o fato de nada termos em comum com o pessoal do norte do Estado.Nossa forma de falar,alimentacao,musica e etc.nada tem a ver com o paraense.
25 de janeiro de 2011 22:24
Esse realmente é um motivo dos mais importantes!
Vivemos em um país totalmente miscigenado onde todos, querendo ou não são pardos, citar preferências por comidas, sotaques e gosto musical como motivos emancipadores.
Fala sério amigo!
Ou então não fala nada.
E eu pensava que já tinha lido de tudo…
Alberto Lima – Maceió
Hiroshi Bogéa
26 de janeiro de 2011 - 13:46Charles, envie a carta para meu emeio:
hiroshyb@gmail.com
Abs
Anonymous
26 de janeiro de 2011 - 13:24Caro Hiroshi,
Nunca nos vimos e nem isso é necessário em certos momentos,sempre me reservei para algumas polêmicas algumas inclusive suas em relação a organização que faço parte, o que é um exercicio natural diria, mais pelo debate feito a quente, queria dá minha opnião, é mais uma visão, das varias que o assunto se coloca.
Como não encontrei teu endereço eletronico, envio-te uma carta de mais de um ano atrás, quando estava viajando, em função do pedido de prisão preventiva que resultou das ações nas áreas da agropecuaria Santa Barbara- Oportunity de novembro de 2.009 da organização que faço parte o MST.
É minha posição sobre o tema da criação do Estado de Carajás, e idependente a isso estamos no MST formulando o que seria uma plataforma para todo o processo que envolve esse debate de grande risco. Bem a grosso modo, porque os elementos mais filosoficos estão na carta, a criação do Estado de Carajás é apenas, apenas aqui não no sentido simplorio, uma disputa de interesses inter-burguês, de quem vai se apropriar dos fundos publicos do novo Estado, essa idéia de um novo parlamento e uma nova jurisdição é pifia, diante do processo macro economico em disputa. O que me resta dizer quanta ilusão, concordando aqui pela primeira vez com o Dr Plinio, já que estamos em lados bem diferentes da luta politica que envolve a região, a questão agrária, falo isso sem pejo algum, embora uma posição conservadora, livrou-se dos dosgmas que aprisionam esse debate.
Bom, vei ai a carta, fique a vontade.
Charles Trocate
Obs: a carta não foi, por onde posso enviar?
Anonymous
26 de janeiro de 2011 - 01:24Uma consideracao importante para o Estado de Carajas e o fato de nada termos em comum com o pessoal do norte do Estado.Nossa forma de falar,alimentacao,musica e etc.nada tem a ver com o paraense.
Anonymous
26 de janeiro de 2011 - 00:25Carajás um devaneio.
Quem defende a criação do Carajás, pode parar pelos próximos 8 anos. Neste período não sai nada. Por quê?
Simples: Jatene, recém eleito não pode pugnar pela separação, por razões de juramento de fidelidade no sentido de manter o território. E mais, cooptou Asdrubal, outrora defensor. Quem faz parte deste governo não pode lutar por separatismo. É incongruente. Depois, tem mais, o chefe da Casa Civil é contra. Jatene 4 anos, mais reeleição, igual a oito. Até lá, Carajás é mais um sonho de verão..
valter silveira
25 de janeiro de 2011 - 22:17Muito raro, raríssimo mesmo, se ve manifestação tão importante, inteligente sobre o Estado Carajás.Parabens Dario Veloso. Somente com equipe técnica competente e organizada se começa
a construir algo tão importante.
Valter Silveira vss.pardal@hotmail.com
Anonymous
25 de janeiro de 2011 - 16:30Dário Veloso que tantas oportunidades teve de por em prática esse seu conhecimento técnico/admnistrativo quando secretariava seu pai na prefeitura marabaense,não o fez. UMA PENA !
Anonymous
25 de janeiro de 2011 - 16:25Muito boa a proposição do Dário, mas ela serve também para um planejamento regional em que nossas demandas pudessem ser dialogadas com o atual governo.
Separar pra que???
Pra dar emprego pra mais politiqueiros??
Vicente Cidade
25 de janeiro de 2011 - 15:52Caro Hiroshi,
Vejo com preocupação o esquecimento cometido pelo Eng. Dário veloso da área ambiental.
Sabemos que a região pretensamente separatista do Estado do Pará para a formação do Estado do Carajás, tem graves problemas ambientais para serem resolvidos e a idéia de "Eldorado" do cresciemento econômico do país, associada a perspectiva de expansão de fronteira que a criação de um estado trás, pode se revelar num gravíssimo problema.
Ademais, a criação de um novo Estado amazônico, certamente só seria aceito se fosse entendido pela sociedade brasileira como mais uma ferramenta de preservação do espaço amazônico e não o contrário.
Quero acreditar que o "esquecimento" do tema não esteja atrelado aquele "conceito sub entendido" de que o cresciemtno econômico deva ser buscado a qualquer custo.
Infelizmente, tem sido muito comum nos defensores da criação do estado do Carajás, a subtração desse debate. Isso é preocupante !!
Anonymous
25 de janeiro de 2011 - 14:04Prezado Hiroshi
Vejo com tristeza as palavras do ex-deputado Plinio Pinheiro, participante do Sul do Para da antiga bancada caipira da ALEPA,, sera que a criação dos municipios Parauapebas,Eldorado,Ourilandia, Tucumã, Currionopolis e tantos outros criados na sua epoca não desenvolveram a região?..e triste sabermos que só na hora do voto a manifestação era favoravel…não lutamos só para dividir o Para, mas para facilitar a vida da população com a aproximação do Governo, devido a imensa area do Estado…veja exemplos do Mato Grosso e Tocantins.. A criação dos Estados de Carajás e Tapajos e questão de tempo …e será breve…
Eduardo Cavalcante