Na esteira da miserável situação em que permanecem ao relento, as familias flageladas (parece propositalmente exposta para esse fim) são alvos cobiçados da classe política. Como que expostos numa vitrine de açougueiro, aparece de tudo: vereador distribuindo carne, outro entregando medicamentos (muitos deles com prazo de validade vencido) e, como nao poderia deixar de ser, o prefeito prometendo farta doação de botijões de gás e agasalhos. Isso é parte da ´cultura´ das comunidades ribeirinhas, vem desde tempos de bisavós. Não era mais pra ser assim. A evolução ética tem provocado mudanças em tantas coisas neste país, só não atingiu em cheio o clientelismo e a proliferação da indústria da cheia. Acho até que o Ministério Público, mesmo sem ser provocado, pode acompanhar isso de perto para dar um freio de arrumação no uso indevido da miséria dos outros.Os respeitados promotores tem esse poder, não tem doutor?
Anonymous
28 de fevereiro de 2007 - 23:45Por que voces só falam dessa exploraçao aos flagelados de Marabá? Aqui em Conceiçao a coisa é pior. Os políticos rezam para que as enchentes venham afim de ganhar dinheiro em cima dos recursos que sao enviados para atender aos desabrigados. Todo mundo sabe disso aqui, só que niguem fala, com medo da perseguiçao.
Anonymous
28 de fevereiro de 2007 - 22:59Essa semana mesmo o ex-vereador Guido Mutran distribuiu `carne adoidado entre os flagelados na Velha Marabá – ele que conseguiu parece que dois mandatos às custas da miséria dos outros. Tá na hora de se acabar com essa prática de se explorar a desgraça dos mais pobres.