O poster conhece a região que se estende do Iriri ao rio Bala, na Terra do Meio. É formada por majestosa floresta de castanhais, certamente, a última reserva das árvores seculares que tantas riquezas geraram em passado recente do Estado e que foram dizimadas pela fúria gananciosa de madeireiros, fazendeiros e sem-terras.
Percorrer as entranhas daquela mata é voltar ao tempo da extração da castanha, relembrando da andança de castanheiros com seus paneiros nas costas chapados de ouriços, o cheiro gostoso do cigarro pau-ronca feito com dedicada atenção pelo extrativista sentado num pé de castanheira.
Terra do Meio é a ultima fronteira do Pará onde se encontram ainda jabutis zanzando garbosamente pela mata, bandos de caititus, e o cheiro virgem da mata a exalar calmaria e oxigênio puro aos sentidos de quem cruza sua extensão.
Ao tomar conhecimento de que o governo pretende desocupar totalmente a oficializada Estação Ecológica da Terra do Meio, retirando o homem de sua jurisdição – grileiros e posseiros – , o blog manifesta a crença de que ainda é possível salvar santuários, desde que as intenções sejam transformadas mesmo em realidade. Mas, se a transação for destinada apenas a originar factóides, daquela imensa floresta não sairá ninguém.
É preciso tirar todo mundo, não importa o tamanho do alvo.