Há quase 500 mil homens a mais do que mulheres no Pará. A estatística pode provocar brincadeira, mas é, antes de tudo, o quantitativo de uma tragédia. São cidadãos que abandonam sua terra natal, onde deixam as famílias, para aventurar uma situação melhor no lugar que lhes é apresentado como um Éden, ou pelo menos um campo aberto a novas possibilidades, que se acham interditadas na origem. Há muita coisa acontecendo no interior do Pará, quase sempre grandiosa. Imagina-se que esses “ grandes projetos” abram possibilidades para todos. Não por acaso o Pará é o terceiro principal destino migratório do país.
Fragmento do artigo Pará: campeão de problemas, da lavra de Lúcio Flávio Pinto, no Jornal Pessoal, parágrafo sintetiza a visão sempre atualizada do jornalista sobre nossos dilemas interioranos.
O poster costuma comentar com os mais chegados a necessidade de grande parte dos profissionais de imprensa da capital andar um pouco o Pará, sentindo suas curvas e retas.
São raros os que fazem isso.
A dimensão de nosso território, suas demandas e conquistas, precisam ser compreendidas.
Olhando puramente de Belém, os coleguinhas jamais distinguirão entre miragem e realidade.
Como diserta no artigo, Lúcio, conhecedor, sim, de cada canto desse chão.