Assessores do prefeito Tião Miranda articulam-se para viabilizar a implantação de diversos órgãos municipais num centro administrativo, dentro do Shopping Pátio Marabá.
O vice-prefeito de Marabá, Toni Cunha, e o presidente da Associação Comercial e Industrial de Marabá, Ítalo Ipojucan – que também vem a ser pai da noiva do delegado da Polícia Federal, eleito vice-prefeito – estariam coordenando a elaboração do projeto.
As negociações com a direção do shopping já teriam avançado, inclusive com a discussão do valor mensal de aluguel do espaço no Pátio Marabá.
Caso se confirme a locação dos espaços necessários, Casa do Trabalhador e o Centro de Cidadania e Desenvolvimento (CCD), funcionando na Velha Marabá, serão desativados.
O mesmo ocorrerá com os órgãos instalados na VP-8, Nova Marabá (SDU, Segfaz, Secretaria de Administração, etc).
EDIVALDO VIANA
12 de janeiro de 2017 - 19:19Por Ulisses Pompeu – de Marabá
Na entrevista coletiva ocorrida na tarde desta quarta-feira, 11, em Marabá, o prefeito Tião Miranda confirmou o que o blog publicou um dia antes, informando que a dívida atual da Prefeitura de Marabá deve chegar à cifra de R$ 200 milhões.
A entrevista contou com a participação do vice-prefeito Antônio Carlos Cunha Sá, do procurador geral do município, Absolon Mateus Santos, do secretário de Planejamento, Karan El Hajjar, e do secretário de Gestão Fazendária, Aldo Maranhão.
Ao iniciar a entrevista, Tião disse que a decretação de calamidade financeira só ocorreu porque a situação do município de Marabá é extremamente complicada, observando que os débitos atrasados a que a dívida total da Folha é de R$ 106.380.080,92, isso levando em consideração as folhas de julho a novembro, toda a de dezembro, plantões, encargos, consignados e vale alimentação.
A dívida total da Prefeitura de Marabá, segundo Tião Miranda, é de R$ 145.227.195,73 (cento e quarenta e cinco milhões, duzentos e vinte e sete mil, cento e noventa e cinco Reais e setenta e três centavos), cerca de 20% da receita prevista para o município de Marabá para este ano. “Ainda não temos o levantamento do que a prefeitura deve, ao todo, para os fornecedores, mas acredito que deve chegar perto de R$ 200 milhões. O rombo é muito maior do que a gente pensava,” revelou Miranda.
Pela primeira vez, Tião falou sobre o período de transição dos dois governos, alegando que esse processo não levantou todas as informações que deveriam ser repassadas para sua gestão.
Para encarar o problema de frente, o prefeito diz que a solução inicial foi cortar gastos, inclusive demitindo servidores contratados, o que, até agora, já alcançou uma média de 17%, saindo de uma folha total de R$ 32 milhões para R$ 26 milhões. “Precisamos nos adequar à Lei de Responsabilidade Fiscal, reduzindo de 51,3% os gastos com pessoal da Receita Corrente Líquida abaixo de 48%, porque o município não pode trabalhar só com a folha de pagamento, mas deve ter capacidade de investimento para trazer convênios para a cidade”.
O prefeito reafirmou que todas as compras da Prefeitura de Marabá serão feitas por licitação, evitando compras diretas, a não ser casos raros que cheguem a, no máximo, R$ 1.000,00. “Todos os dias chegam novas dívidas que a gente não sabia, e por isso precisamos de mais tempo para avaliar todo o contexto. Havia muitos desperdícios e má gestão. Programaram 22 creches e algumas delas não tinha moradores por perto. Não perceberam que não havia demanda”, alfinetou.
dívida de Marabá
O prefeito disse que enviou esta semana quatro projetos para a Câmara votar em regime de urgência e avisou que deverão ser encaminhados nos próximos dias para ajustar a despesa com a receita.
Karan El Hajjar fez apresentação do que chamou de relatório parcial de transição de governo, mostrando o montante da dívida que a Prefeitura tem hoje.
É preciso fazer justiça e dizer que do montante apresentado, R$ 16,5 milhões são referentes ao Ipasemar e INSS da gestão de Maurino Magalhães. As dívidas com precatórios chegam a R$ 14,3 milhões e se acumulam por mais de 20 anos. “Esses valores serão pagos entre 2017 e 2020”, sustentou Karan.
Sobre a dívida acima, Salame enviou, antecipadamente uma nota para o blog, informando que “não disse que a dívida do Maurino era de R$ 75 milhões, mas que pagou esse montante. “Eu não paguei nada de fornecedores da gestão do Maurino, como o Tião não vai pagar da minha. Na época levantamos que era mais de R$ 70 milhões só a dívida com fornecedores. Não deixei esse volume de dívida com fornecedores para o Tião, mesmo que ele não pague. Deixei a folha de dezembro sem pagar e apenas a educação com dois meses. Na época recebi dois meses de Folha em atraso. Deixei um mês de plantões médicos em atraso contra 4 meses que recebi. Um mês de vale transporte contra 5 meses em atraso que recebi. 5 meses de vale alimentação contra 10 meses que recebi. Recebi com 3 milhões em atraso de contas de energia e entreguei com as contas de energia praticamente em dia. Como a dívida que deixei é maior então?
É preciso ter seriedade na divulgação desses números. Fui sério mostrando apenas o que eu paguei. Só na coleta do lixo tem uma dívida de 25 milhões do governo do Maurino que está sendo cobrada judicialmente e outra de 18 milhões da merenda escolar. E tantas outras. Não relacione nenhuma delas e não deixei esse montante de dívidas a ser paga a nenhum fornecedor”.
Por outro lado, o relatório parcial apresentado por Karan mostra que a gestão de Salame deixou um débito de R$ 920.894, 91 de dívida com a Celpa, além de um parcelamento de R$ 724.111,20 e outro de R$ 2,3 milhões.
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Será que ainda Irão ter coragem depois desta. Esperamos sinceramente que não
***Noticia compilada do Blog do zé Dudu
EDIVALDO VIANA
12 de janeiro de 2017 - 19:13Nóticia compilada do blog do zé Dudu
Rocha
12 de janeiro de 2017 - 16:09Sendo o shopping um empreendimento particular com aluguéis caríssimos, a prefeitura que dar uma “ajudinha” para impulsionar as vendas das lojas que estão “às moscas”, cadê a livre concorrência, onde estão as iniciativas para alavancar o comércio da Marabá Pioneira (o shopping do povão), a visão do empreendimento exclui a maioria dos comerciantes da Velha Marabá e Cidade Nova. Nada contra o shopping, mas em se tratando da livre iniciativa, sobreviva quem tem competência…
Marcus
13 de janeiro de 2017 - 15:41Exatamente Rocha…o poder público não tem que ficar querendo alavancar shopping para ajudar os “amiguinhos”
Marcus
11 de janeiro de 2017 - 17:16A prefeitura não dispõe de prédios públicos para estes setores? Será que é preciso onerar ainda mais o combalido erário municipal, a fim de beneficiar poucas pessoas? Quem tá levando $$$ nessa?
Pierre
10 de janeiro de 2017 - 12:57Em tempo:
A praça de alimentação agora sim; vai trazer o retorno aos seus locatários.
Pierre
10 de janeiro de 2017 - 12:42Olá, vejam que visão extraordinária a do presidente da ACIM…O Ítalo pensa longe, logicamente levando-se algumas pastas importante da PMP, irá impulsionar o movimento no shopping num momento da economia crítica por qual estamos passando. Portanto, louvável e de uma inteligência ímpar esse projeto, temos certeza que a população aprovará. Abraço!