O desbaratamento de um cartel que comercializava ilegalmente minérios na região sudeste do Pará pode levar as autoridades à descoberta de um refinado esquema que financiou campanhas eleitorais de candidatos que disputaram a eleição de outubro último.
Pelo menos essa é suspeita de policiais envolvidos nas investigações que culminaram com o cumprimento de 24 mandados de prisão preventiva, 29 de busca e apreensão, 52 bloqueios de contas bancárias e sequestros de bens e seis ordens de suspensão de atividades de empresas investigadas.
Operação denominada “Migrador” atuou nos municípios de em Curionópolis, Parauapebas, Marabá, Eldorado do Carajás, Salvador (BA) e Vila Velha (ES), objetivando desarticular grupo criminoso responsável pela extração clandestina de manganês no sudeste do Pará.
As investigações iniciaram em 2015, após a deflagração da Operação Buriti-Sereno.
Com a análise dos documentos e informações coletadas, além de diversas ações investigativas realizadas foi constatado que existe na região uma verdadeira ação articulada de pessoas e empresas para extração, beneficiamento, transporte e exportação de minério, através da falsificação de documentos públicos e fiscais, com o intuito de dar aparência de licitude a atividade criminosa.
De acordo com levantamentos preliminares realizados pela PF, a quantidade de manganês extraída, assim como os prejuízos causados pela extração clandestina decorrente e os danos ambientais provocados, causaram prejuízos da ordem de aproximadamente R$ 87 milhões.
Os investigados responderão pelos crimes de usurpação de bens da união, associação criminosa, corrupção ativa e passiva, falsidade ideológica e uso de documento falso. Ao todo as penas pelos crimes investigados podem alcançar mais de 30 anos. Os presos serão encaminhados para presídios das cidades de Marabá, Salvador e Vila Velha, onde ficarão à disposição da Justiça Federal.
Entre alguns presos, estão o empresário Sidney Carlos Osterman, o Macarrão, que tem depósito de madeira e mineradora em Parauapebas; Sérgio Osterman, irmão de Macarrão.
Outro empresário da Capital do Minério, conhecido como Tiaguinho da Favorita, também foi preso.
Em Curionópolis, a PF prendeu o vereador Edimar Pereira da Silva, conhecido como Júnior da Mariona (PPS), também acusado de envolvimento no cartel do Manganês.
Edson
9 de novembro de 2018 - 09:42O que vejo nessa operação da PF e um verdadeiro desrespeito, pois acho um absurdo essa lei do Sub Solo, tenho uma propriedade que tem minerio, e não serve pra plantar e nem criar gado só galinha e porco, mais na área que e minha por direito não posso explorar porque outras pessoas que nem.sei que .e solicitou junto ao DNPM a minha área de minerio, vc hirosche não acha que a prioridade de exploração seria minha? Caso eu não tenha condição eu possa arrendar pra quem tenha condição e eu nO fique no prejuízo?
hiroshi
9 de novembro de 2018 - 10:21Edson, concordo plenamente com você.Mas como vivemos num país onde a prioridade é o rico, o pobre cada vez mais fica na pindaíba e, em alguns casos, na cadeia.
Apinajé
9 de novembro de 2018 - 14:57Hiroshi,com todo respeito!
Desde quando o rico é prioridade no Brasil?Aqui ninguém é prioridade,exceto políticos.
Não sou rico,mas, demonizar a riqueza não me parece correto,tem muito rico que se mata para manter seus negócios e gerar empregos, para no final ser extorquido por uma carga tributária massacrante,,,Até concordaria contigo,se tu falasse que a prioridade é certos tipos de ricos,aliás,agora já tem alguns deles tomando cadeia também.
Luis Sergio Anders Cavalcante
7 de novembro de 2018 - 18:21Sr. Hiroshi, sem provas não se deve citar nomes. Mas que há “gente grande e de nome” de nossa região envolvidos tem. Fraudes dessa magnitude não se concretizam sem um enorme arcabouço por detrás. Em 07.11.18, Marabá-PA.
Sergio
7 de novembro de 2018 - 07:23A Polícia Federal deveria fazer uma visita ao ex Coordenador da Unidade Regional da SEMAS de Maraba. O rapaz foi recem demitido sumariamente antes de completar 6 meses no cargo , qual seria o motivo?