À montante da ponte rodoferroviária de Marabá, o Tocantins fica exprimido na descida de suas águas batendo pedrais. Ondas mansas formando uma cidade poética de água e pedras, de ruas líquidas a nos receber em curtos canais pedregosos.

Nas tardes nuas, de longe o sol tenta se esconder, mas sua beleza se confunde com as turvas águas orando noturnos apelos.

Entre o bairro do São Félix, do outro lado do rio,  e a vila do Espírito Santo, dá pra ver Deus no céu, ampliando-se pelos ares.

Como no canto de Caetano:

 

Fim da tarde a terra cora
E a gente chora
Porque finda a tarde

Vem a noite a lua mansa
E a gente dança
Venerando a noite