Às vezes acordo com saudades dos tempos em que Milton Nascimento, Gilberto Gil, Caetano e Chico produziam obras de arte. Faz tempo, muito tempo, não pego mais em um CD com música inéditas do time. Deve ser preguiça para compor, ou falta de tempo.
Insuportável assistir a tantos relançamentos. Sinto até desrespeito ao público, as gravadoras tentarem nos empanturrar com “novos arranjos”.
Ontem à noite, ao selecionar músicas para postagem de domingo, dei de cara com “Pai Grande”, de Milton. Versos arrepiantes provocadores de saudades. Muitas saudades:
Minha gente é essa agora
Se estou aqui
Eu trouxe de lá
Um amor tão longe de mentiras
Quer a quem quiser me amar
Hiroshi Bogéa
9 de junho de 2008 - 17:13Você tem razão, Nilson.
O “Pixinguinha”, depois das 18 horas, colocava o artista aonde o povo estava pelo Brasil afora.
Abs
Anonymous
9 de junho de 2008 - 13:43Hiroshi,
O pé na estrada,o clima político,o público-alvo e os objetivos, tanto dos artistas como das gravadoras, não são os mesmos.
Veja que uma canção como “Pai Grande” hoje, quase só é tocada em ambientes como o seu Blog.
Aliado a isso,os artistas citados ficaram ricos e a idade chegou.
Uma pena.Um manancial desses precisava estar fluindo com novas canções.
Veja também que nem um novo “Projeto Pixinguinha “(algo que motivava nossa geração para assistir esses artistas e outros em shows nas Capitais) é pensado nos dias atuais.
Um abraço.
Nilson.
Hiroshi Bogéa
9 de junho de 2008 - 11:17Ronaldo, o canto dos pássaros também soam como ventos de rios de verão. Com a vantagem de terem harmonias cifradas.
Quanto aos amores tão longe de mentiras, só eles são verdadeiros.
Um abraço.
Ronaldo Barata
9 de junho de 2008 - 02:44Caro Hiroshi
Eu não tenho os ventos do Tocantins para embalar minha rede. Entretanto, no quintal de minha casa em Ananindeus, escuto o canto dos passarinhos, que nervosos disputam as bananas que deixo para alimentá-los.E, no findar do dia, reencontro um amor tão longe de mentiras…
Hiroshi Bogéa
8 de junho de 2008 - 22:18Francisco, costumava dizer, naqueles tempos do Clube de Esquina, que a voz de Milton era o eco de um grito divino, uma orquestra inteira numa só voz.
Belíssima, realmente.
Aqui em Marabá, a tarde ensolarada está mais bela ainda, banhada pelos ventos do Tocantins.
Boa semana, parceiro.
Hiroshi Bogéa
8 de junho de 2008 - 22:15Cris, não apenas perderam a identidade. Tudo indica que estão também sem tesão para produzir. E quando se perde o tesão, se perde o encanto.
Ruim para todos nós.
Um beijo, menina.
Francisco Rocha Junior
8 de junho de 2008 - 22:02Hiroshi, que coisa linda. Maravilhosa a voz de Milton jovem, maravilhosa a canção. Show de bola, neste fim de uma tarde tão bonita de domingo.
Abração.
Cris Moreno
8 de junho de 2008 - 21:13Oi menino. Concordo com vc. Perderam até a identidade.
Linda seleção.
Beijos.
Boa semana.