Um verdadeiro ato de irresponsabilidade marcou a decisão do presidente Jair Bolsonaro ao escolher o terceiro colocado da lista tríplice enviada ao governo federal, após a consumação da eleição para a Reitoria da Unifesspa.
O Diario Oficial da União publicou a nomeação de Francisco Ribeiro da Costa como novo Reitor da Universidade do Sul/Sudeste do Pará, candidato que obteve somente 6,9% dos votos, na eleição realizada em maio.
O ato de irresponsabilidade é caracterizado por uma decisão ideológica do presidente, ao deixar de nomear um candidato que somou 85% da comunidade universitária o atual reitor Maurílio Monteiro.
A lista tríplice dos candidatos à reitoria mais votados pela comunidade acadêmica foi enviada ao Ministério da Educação (Mec) no último dia 10 de junho.
O atual reitor da Unifesspa, professor Maurílio de Abreu Monteiro, cujo mandato referente ao quadriênio 2016-2020 termina no mês de outubro deste ano, foi reeleito pela comunidade universitária com 84,4% dos votos válidos. Em segundo lugar, ficou o professor Fábio dos Reis Ribeiro de Araújo, com 8,7% dos votos, e Francisco Ribeiro da Costa foi o terceiro colocado, com 6,9% dos votos.
A consulta à comunidade acadêmica foi realizada de forma on-line, no período de 15 de abril a 2 de junho, com amplo comparecimento às urnas, resultando numa participação de 78,8% do colégio eleitoral, o que corresponde ao engajamento de 85,8% dos docentes, 36,4% dos alunos e 88,5% dos técnicos administrativos.
A Unifesspa disponibiliza mais de 40 cursos de graduação (bacharelado e licenciatura) na modalidade presencial, 18 programas de Pós-Graduação lato (especializações e aperfeiçoamentos) e stricto sensu (mestrados e doutorados), além de desenvolver atividades de pesquisa e extensão.
A decisão de Bolsonaro causou revolta e generalizada insatisfação na Academia.
Qual a representatividade de um Reitor que não tem o reconhecimnto de nem 7% da comunidade?
Qual o caminho destinado agora à Unifesspa, num momento de profunda tensão provocada por uma decisão insensata de um Presidente da República que não respeita a decisão da quase unanimidade do universo acadêmico?
Futuro sombrio aguarda a Universidade Federal mais jovem do país.
Lamentável.
Apinajé "Adevaldo Araújo"
22 de setembro de 2020 - 14:09E por falar em idolatria:
“Nossos ídolos ainda são os mesmos e as aparências não enganam,não!
você diz que depois deles,não apareceu mais ninguém…
mas é você que ama o passado e que não ver que o novo sempre veeemmm”
Da lavra do “monstro” Belchior
Ou a outra do Cazuza:
“Ideologia,quero uma pra viver…
Nossos ídolos morreram de overdose,os inimigos estão no poder”
inimigos de quem?
Abraços amigo!
Adevaldo Araujo
João Dias
22 de setembro de 2020 - 08:30A FUTILIDADE IDOLATRADA
A Ordem do INVERSO no Brasil passou a ser normal, tanto faz!
Apinajé
17 de setembro de 2020 - 19:18Entendo e respeito aqueles que pensam diferente,mas, a comunidade universitária não tem muito do que reclamar,a escolha tá dentro da regra do jogo.
As universidades se tornaram nos últimos tempos centros de doutrinamento,os “professores” em sua grande parte escolhidos à dedo,transformaram-se de mestres da academia para mestres de ideologia,não ver quem não quer,esqueceram a ciência,priorizaram causas alheias aos interesses do Brasil em benefício de “verdades”opacas de um mundo que só existe na cabeça daqueles que surrupiaram o país por um longo período,tem que desmantelar mesmo…O resto é só laquera!!!
João Dias
16 de setembro de 2020 - 09:44OS VALORES ACADÊMICOS DA LEGITIMIDADE.
Uma convicção ideologica que começa por admitir a legitimidade de outra convicção adversa, reprovada, condena-se à ineficácia.
Tal escolha, acaba colocando em xeque a própria legitimidade do escolhido, da autonomia universitária.
UMA ato administrativo que, não encontra eco no seio da Democracia, do Estado de Direito.
A vontade acadêmica deveria prevalecer, posto que,
não é outra coisa, senão a manifestação soberana dos professores , técnicos administrativos e alunos, expressão maior da
vontade da comunidade universitária.