Lendo nos jornais de Belém ameaças de alguns lideres comunitários de que irão parar a cidade, semana que chega, contra a construção do Binário – projeto de transporte público para amenizar o sofrimento de motoristas no trânsito da cidade -, é impossível deixar de emitir opinião.
No meio desse pessoal, exatamente às vésperas de eleição, há muita gente pretendendo disputar uma vaga à Câmara Municipal, ou querendo “mostrar serviço” para outros pré-candidatos a proporcionais de olho no dinheiro que podem ganhar prometendo votos. Com habilidade, encontram logo demandas e começam a incentivar a população a agir passionamente.
O projeto Binário é uma necessidade. O transito de Belém está insuportável, não cabe mais delongas de botequins. A questão das distancias para cadeirantes que a mudança de tráfego acarretará pode ser resolvida com a simples inclusão de novos itinerários. Isto é básico!
A prefeitura não pode recuar. O binário é uma necessidade técnica.
Anonymous
15 de maio de 2008 - 19:38Hiroshi, vc lembra de uma música que fez sucesso cantada pelo nilson e dizia “.. vai do nada prá lugar nenhum…”. Vc me desculpe, mas esse binário que inicia na soares carneiro e termina na dr. freitas vai de fato do nada para lugar nenhum… Pior é fazer a população de besta, obrigando pessoas a andar mais de 800 metros para pegar um ônibus com risco de ser assaltado(a). Vamos e venhamos. Foi um tiro no pé do dudu este binário. Mas pelo menos poderia fazer audiências públicas para debater o projeto com a população da área antes de executar.
Yúdice Andrade
15 de maio de 2008 - 12:53Manipulação de inocentes úteis por gente mal intencionada, com fins eleitorais. Já vimos esse filme antes, várias vezes. É um fato. Mas sabe como se pode prevenir isso, amigo Hiroshi? Fazendo as trombeteadas “obras estruturantes” (como as chama o marketing da prefeitura de Belém) fora do ano eleitoral. Em vez de passar dois anos sem fazer nada e um inteirinho para reduzir o canteiro central da Duque, essa obra – que também considero necessária – poderia ter sido ao menos discutida antecipadamente.
Se o sedizente prefeito deixou a obra para o final por causa da velhíssima técnica de ter uma obra fresquinha no dia da eleição (além do fato de ela envolver recursos federais, claro), é culpa dele o que está acontecendo. Serve para mostrar que o uso eleitoral de obras é nocivo mesmo quando a obra é relevante e necessária.