O querido Glauco reagiu.
À altura do nível profissional, e de sua alma serena.
Estava me preparando para colocar azeite à resposta arrogante – muito mais desinteligente! – que o Edson Barbosa, da Link, deu ao Chico Cavalcante, numa reação à inclusão do nome do Glauco no babado, com aleivosias e versão mentirosa.
Durante a campanha, por várias vezes, primeiro e segundo turno, assomei solidariedade à aflição do Glauco, cercado em Belém por um magote de esturreiros.
Sabia o que ele estava passando,e como sofria.
Sempre chegava perto dele através de telefonemas, ouvindo-o, e levando minha força.
Já fiz duas campanhas eleitorais com o Glauco, um cara humano, alma de menino eternamente sonhador, num tempo sadio durante o qual passei a admirar o poço de criatividade alicerçado em seu interior.
A reação do Glauco num emeio enviado à Rita Soares, é o grito de um profissional ferido, mas cheio de dignidade.
Anonymous
17 de novembro de 2010 - 21:36Não foi só o Glauco que foi rifado, tratado como um talento secundário. Dirigentes experientes do PT também foram solenemente ignorados pela Link. Para usar uma expressão do próprio Edson Barbosa, ele era a própria imagem do marqueteiro que brincava de ser Deus. Ninguém o convencia de nada. Para tudo ele tinha um argumento. Quando alguém dizia que a linha do programa era "desenvolvimentista", "burocrática", o Edinho respondia: "isso foi identificado como positivo na quali". A Quali era tudo para ele e para a Angela, a paulistana que acha que tudo se resume a grupos de pesquisa qualitativa. Ou seja, se um tema não aparecia na "quali", não poderia entrar no programa. O rádio foi tratado como subproduto da TV. A turma da Link desconhecia o estado do Pará e abriu mão de pessoas que estavam lá dentro e poderiam ajudar a explorar os temas importantes para cada região do estado. Para quem trabalhou na campanha e torcia pela vitória de Ana Júlia, a impressão que dava, a partir da fala do dono da Link é que todo mundo era iniciante em campanha eleitoral. Tudo o que se aprendeu antes, não valia nada. O marketing científico estava chegando agora ao Pará. E nós, profissionais da terra, teríamos que nos curvar, pois estávamos vivendo uma experiência única, da primeira campanha de marketing político científico. A ponto do Edson Barbosa dizer para a própria governadora. "Se alguém lhe apresentar pesquisa, sugerir coisas, mande o sujeito trabalhar, arranjar votos, governadora, nós sabemos o que estamos fazendo".