Quando um vereador ou deputado é eleito, entre suas prerrogativas está a obrigatoriedade em fiscalizar à profusão denúncias contra dirigentes públicos. No Brasil, pelos motivos que todos conhecemos, essa prática não vinga. Os “fiscais” do povo fazem vista grossa principalmente quando as suspeitas de bandalheiras são promovidas por membros de tribunais. O silêncio e a omissão valem como moeda de troca nos momentos oportunos.
O Pará inicia a semana respirando ares de podridão e a exigir ações de saneamento com uso intensivo de detergentes nas dependências do Tribunal de Contas dos Municípios. A denúncia do conselheiro Alcides Alcântara de que até o presidente do TCM, Ronaldo Passarinho, é “omisso e leniente” com atos de corrupção nas entranhas do tribunal perpassa estágios da aceitabilidade comum. O denunciante não usou meias palavras para apontá-lo como coadjuvante das bandalheiras que auditores e até conselheiros praticam na maior cara de pau por esse Pará de Meu-Deus.
A Assembléia Legislativa só tem um caminho: abrir uma CPI para investigar a denúncia ou fechar as portas para evitar que o mau cheiro exale dali também com a rapidez dos ventos tropicais.
A artir deste post, o blog cobrará, diariamente, ações firmes dos deputados estaduais diante da pocilga em que transformaram o TCM.
Anonymous
4 de setembro de 2007 - 02:10NÃO DÁ PRA NÃO LER O ARTIGO EXTRAÍDO DA EDIÇÃO DE HOJE DO JORNAL DIÁRIO DO POVO, DO PIAUÍ:
E se o PT fosse oposição?
Os brasileiros não aceitam petistas e o próprio presidente Lula
dizerem que o escândalo do mensalão não atingirá o presidente da
República. Diante de tanta hipocrisia, de tanto descaramento político, é de se perguntar: como seria o escândalo do mensalão se o PT estivesse na oposição?
Imagine o escândalo do mensalão, num eventual governo de José Sarney, FHC ou de Itamar Franco. Aquele PT, o partido mais radical dos últimos 50 anos no Brasil, teria um comportamento demolidor e destrutivo. As bandeiras vermelhas com o 13 do PT e com os martelos e foices do PC do B, a ira radical e implacável do PSTU e os berros agressivos de Heloisa Helena (com aquele cocó de Olívia Palito, a noiva do Popeye), tomariam conta das ruas com os militantes desses partidos. E gritariam o refrão muito usado nos 13 anos de campanha antes de chegar à presidência: “Fora fulano!”, “Fora beltrano!”, “Fora Cicrano!”, “Impeachment Já!”, “Chega de roubalheira!”, “Xô ladrões!”
Lula, com cara amassada de insônia por noite mal dormida pela vergonha do escândalo do mensalão, execrando o PT e seu governo, com a denúncia dos 40 larápios com estreita ligação com o Palácio do Planalto, diz na televisão que o acatamento da denúncia contra os envolvidos serve para mostrar para o mundo a maturidade política do país e a liberdade das instituições em julgar o seu governo, o que caracteriza a estabilidade de nossa democracia. Que tal?
Se o PT fosse oposição, o Genoino rodaria a baiana na Câmara com cara de guerrilheiro frouxo; Mercadante arregaçava o seu bigode de paladino da moralidade pública, querendo uma CPI para apurar tudo e derrubar o presidente; Suplicy ficaria pregando o impeachment do presidente, em nome da decência e da ética; José Dirceu, com a cara de falso paladino da moral, pregava eleições já para aproveitar o escândalo e ter a chance quem sabe de emplacar Lula no poder; Marta Suplicy não perdoaria, aproveitaria para fazer um apelo às mulheres para que fossem às ruas e, juntas, ajudassem a pedir a destituição do presidente. Marta, com muita ira e vermelha de cólera, com certeza não conseguiria relaxar nem gozar. Todos dariam os braços e sairiam puxando o cordão de revoltados ao longo da Avenida Paulista, ex-palco de pregações e encenações de moralidade política dos petistas.
Mas, infelizmente, o PT não está mais na oposição. De estilingue, passou a vitrine e agora é o maior símbolo de descalabro político, sem ética e sem moral. A corrupção, a ladroagem, a desfaçatez e a falta de vergonha apodrecem o partido que nasceu em nome da ética. (Tomaz Teixeira)
Hiroshi Bogéa
4 de setembro de 2007 - 02:01Anonimos 2:53 e 10:18 PM: não generalizem. Dentro da AL existem deputados sérios e cônscios de suas responsabilidades. O “time”
é fundamental nessas horas. Alguns agem rápido outros aguardam o direcionamento dos ventos. Esperemos, no entanto, que todos saibam que o momento é este, de muita gravidade. E que uma ação deles prática gera esperanças e faz com que a sociedade acredite em seus representantes políticos.
abraços
Anonymous
4 de setembro de 2007 - 01:18Bobagem achar que deputados abrirão CPI para investigar o tribunal que julga as conats dos prefeitos que os apoiam. O compadrio entre as classes é imenso. Bobagem, apenas bobagem.
Anonymous
3 de setembro de 2007 - 17:53Como voce disse que gostava de contar estórias de trancoso para seus filhos, é de supor que continuas a acreditar em conversa pra boi dormir esse negócio de deputado se indispor contra conselheiros do TCM. Duvido que alguem pelo menos se manifeste publicamente.