Papo cabeça
Não gosto, mas vou escrever na primeira pessoa do singular. Jovem ainda, eu tinha restrições de me entregar totalmente ao amor. Sobretudo, vergonha de parecer romântico. O medo da entrega transformava gestos e declarações em atos vulneráveis. Pior, qualquer relação virava louca paixão e, com ela, o lado romântico enchendo-me de sensação de ridículo. Como muitos colegas da mesma idade demonstravam