O blogueiro tem admiração e carinho muito grande pelas posições sociais e evangelizadoras do teólogo Leonardo Boff.

Sempre teve, acompanhando a trajetória humanista do religioso.

Só que Boff pisou na bola.

Perdeu a noção de tempo e espaço, ao  defender posição muito identificada pelos conservadores brasileiros que alardeiam a necessidade de internacionalizar a Amazônia.

A postura do frei, claro, não foi explícita como tem sido a defesa feita por grupos empresariais e entidades europeias interessadas em meter a colher na panela fervendo.

A fla de Leonardo Boff, de tão grave, mereceu imediata reação de um senador paraense.

Especificamente Paulo Rocha (PT), que questionou o posicionamento do teólogo, após o estudioso defender uma espécie de internacionalização, uma “gestão global” da Amazônia.

De acordo com o parlamentar, a “soberania do Brasil sobre a Amazônia é incontestável, não podendo ser relativizada, em nome do imprescindível combate mundial às mudanças climáticas”.

Senador paraense diz que “em nosso entendimento, a soberania nacional sobre a Amazônia não implica submetê-la a ações predatórias ou negligenciar nossos compromissos ambientais internacionais, como faz, de forma criminosa, o governo de Bolsonaro. Ao contrário, julgamos ser do autêntico interesse nacional preservar a Amazônia, com sua imensa biodiversidade, proteger os direitos dos povos originários, e desenvolvê-la em bases estritamente sustentáveis”.

“Nos governos do PT, nosso país fez progressos substanciais, no que tange à preservação da Amazônia. Assim, em nossas administrações, a redução do desmatamento chegou a 76,27%, em relação aos níveis praticados até o início deste século. Em consequência, as emissões de CO² despencaram de 3,453 bilhões de toneladas, em 2004, para 1,368 bilhão de toneladas, em 2015”, acrescentou Paulo Rocha.

“A Amazônia é nossa”, afirma o parlamentar. “Cabe sobretudo a nós, brasileiros e brasileiras, defendê-la e preservá-la. Não é necessário ou desejável internacionalizá-la. Precisamos derrotar Bolsonaro e retomar um projeto de reconstrução e de soberania do Brasil”.