Na sequência de artigos contra e a favor da divisão do Pará, vez por outra publicados no blog, trazemos agora texto de Fábio Fonseca de Castro, professor e pesquisador adjunto da Universidade Federal do Pará, intitulado “Desconstruindo a Divisão”:
Nas regiões separatistas do Pará a defesa da divisão está baseada na superficialidade dos argumentos e na ausência do debate público. Vive-se no império publicitário do “Sim”, reduzindo a essa palavra a uma ordem impositiva que procura evitar toda forma de questionamento. É a ordem do “Sim porque sim”, sem concessões, sem reflexão, sem bom senso.
O objetivo deste artigo é desconstruir as principais teses em favor da divisão do estado do Pará. Pretendo mostrar como os argumentos separatistas são falhos e se baseiam em falsas leituras da realidade.
Destaco o que me parecem ser os quatro principais argumentos do “Sim”:
· “o Estado não chega ao interior”
· “o tamanho do Pará inviabiliza a boa gestão”
· “a ‘diferença’ cultural entre as regiões é decisiva”
· “os novos estados crescem mais”
· “os governantes locais são mais capacitados para a governança local”
Vamos pensar um pouco sobre eles recorrendo a números reais? Sem hipocrisias e sem falsas condicionantes?
Para ler o texto completo.
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4 de novembro de 2011 - 14:33PARABENS VIRGILIO SO DERRAPOL ALI NO CRESSEM
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4 de novembro de 2011 - 14:32CONTRA
lucas
19 de outubro de 2011 - 17:09Sou contra a divisão
Carlos
22 de setembro de 2011 - 10:16Parabéns, Virgilio. Só derrapou ali no “cressem”.
anônimo
22 de setembro de 2011 - 09:15Desigualdades, má gestão, cultura – não se resolve com separação. Se assim fosse, teríamos criado a solução para todos os problemas brasileiros de saúde, educação, transporte, moradia, etc.
Pensando dessa maneira é que, S. Paulo e Rio Grande do Sul volta e meia querem promover a secessão brasileira. Cada um sempre acha que pode mais.
Marcos
21 de setembro de 2011 - 19:45Parabéns Virgilio Ribeiro, para um cara que é especialista você colocou um especialista no bolso.
Virgilio Ribeiro
21 de setembro de 2011 - 18:36Li o artigo http://hupomnemata.blogspot.com/2011/09/novo-material-sobre-divisao-do-para.html do Professor Fabio Fonseca de Castro, pesquisador da UFPA, onde ele pretensamente intitula o seu artigo de “Desconstruindo a divisão”. Ora com esse artigo tenho ainda mais certeza que é necessário à criação dos dois novos Estados, até porque o argumento central da tese dos que querem o Pará em três novos Estados não é essa, a nossa tese é dividir para crescer, crescer todos os três novos Estados e não apenas os novos criados. Não queremos dizer que o Pará remanescente está melhor que as áreas que hoje querem se separar e definir e gerir o seu futuro, reafirmamos sim que do jeito que está é ruim para todos nós.
Mas mesmo não sendo um especialista, vou tentar desconstruir esse artigo, pois não querendo desmerecer o saber do professor acho que o mesmo usou de argumentação primária para apenas justificar o seu engajamento na campanha do Não.
Mas vejamos:
– “O ESTADO NÃO CHEGA AO INTERIOR”.
. Só quem mora no interior e vive essa realidade que sabe, mesmo nas cidades mais ricas do interior convivemos sem estradas dignas e não me veja dizer que são iguais os da região Metropolitana de Belém, a nossa principal estrada é a Transamazônica, qual é a principal estada do Pará remanescente? Tem comparação? Os nossos hospitais na sua maioria absoluta são municipais custeados pelo SUS é verdade que temos uns gatos pingados de hospitais regionais para atender em media 50 municípios, o que na verdade é uma piada de mau gosto, funcionários públicos do estado estão concentrados na sua grande maioria na região metropolitana de Belém, ou estou mentindo, o senhor poderia dizer quanto por cento estão lotados na capital e quanto por cento estão lotados no restante do estado?
. “O ESTADO INVIABILIZA A BOA GESTÃO”.
_ Uma verdade, todo seu artigo confirma isso, está ruim em todo Estado, porque é humanamente impossível se administrar um gigante desse tamanho, principalmente com poucos recursos e pouco poder político.
. “A DIFERENÇA CULTURAL É DECISIVA”.
– Acredito nisso, mas não acho fundamental, mas não dá para comparar os traços culturais em Belém com os daqui de Marabá, historicamente sempre estivemos mais ligados ao Goiás e ao Maranhão, a começar pelos nossos fundadores e também nossos movimentos históricos de separação do Pará, pelos mesmos motivos de hoje quase nos anexamos ao Goiás” basta pesquisar a história dos últimos 100 anos. Mas acho que esse argumento não leva a nada, até porque nós brasileiros somos irmãos e nos completamos.
. “OS NOVOS ESTADOS CRESSEM MAIS”.
– Contra os fatos não existe argumentos, basta analisar a situação do Antigo Goiás e hoje o novo Goiás e o Tocantins, Mato Grosso do Sul e Mato Grosso, Estão todos bem mais desenvolvidos e aumentaram suas receitas próprias como hoje recebem bem mais atenção do governo Federal.
. EDUCAÇÃO
– Ora, pensei que ao fazer sua analise sobre a educação iria dar um baile, mas começou errado comparando os índices do IDEB, ora, o IDEB é um índice que faz analise do ensino fundamental uma competência exclusiva de municípios com o Governo Federal, logo nada tem a ver com esse debate, já o ensino médio, basta ver os números e a realidade. Aqui em Marabá existem 64 mil alunos matriculados no ensino fundamental e apenas 13 mil no ensino medio, essa evasão se deve a vários motivos bem sei, mas o principal delas e que as escolas do Estado são péssimas, feias e caindo aos pedaços e a muito não se constrói nada, nem a sede da 4ª URE dá para se ter respeito, estava caindo aos pedaços e agora melhorou um pouco após uma pintura na tapera, os salários dos professores ainda não atingiu o piso nacional, tudo isso digo não para comparar, mas para mostrar a necessidade da mudança, da divisão para melhor administrar e poder correr atrás de recursos para que a maquina de estado funcione.
. SAUDE.
– A Saúde todos sabemos que é ruim em todo Brasil, mas no Pará é pior, será por quê?
Porque o Estado é grande, ingovernável, mesmo que tivéssemos bons políticos, coisa que nunca tivemos a maioria corrupta não liga para as coisas importantes na administração do Estado e seus recursos, como a aceitação pacifica da LEI KANDIR, o NÃO RECEBIMENTO DO ICMS pelo uso dos outros estados dos nossos recursos energéticos, sem contar que preferem um povo com baixa educação formal para poder continuar sempre o mesmo status dessa elite poder do Pará.
Assim meu caro professor, tenho a certeza que Estados menores são melhores administrados, principalmente na Amazônia, a nossa população terá mais condições de fiscalizar porque terá um contato mais próximo com seus políticos, sem contar que teremos mais força política para exigir do Poder Central da Republica.
Nunca deixaremos de ser Paraenses, mas estaremos lutando com melhores armas e com novos batalhões e com novos soldados, esses novos batalhões se chamarão: CARAJÁS, TAPAJÓS E O NOSSO PARÁ REMANESCENTE, ai não iremos mais comparar misérias e sim riquezas.
DJALMA GUERRA
21 de setembro de 2011 - 16:47O professor Fabio com a argumentacao de que todos no Para estao no mesmo barco desamparados reforca mais a ideia de que temos que sair deste barco para tentar melhorar .O argumento dele reforca mais a tese de que temos que ser donos de nosso proprio destino criando o Estado de Carajas e Tapajos.
Eu voto 55, não à divisão
21 de setembro de 2011 - 15:48Muito Bom o texto do professor, diz tudo sem nenhum tipo de emoção e ele demostra dados concretos e incontestáveis e prova que essa questão da divisão é infundada, sem cabimento, não há motivos plausíveis que justifiquem a divisão do Pará. Peço que todos deem uma lida no texto, por favor.
Lucileno
21 de setembro de 2011 - 15:24IDH 2000(IBGE)
Belém: 0,806
Ananindeua: 0,782
Barcarena: 0,768
Santarém: 0,746
Marabá: 0,714
Ele diz que não existem diferenças entre a RMB e o interior.
Do alto dos prédios do bairro de Batista Campos não dá enxergar estas coisas.