Na rodovia Belém-Brasília, sentido Dom Eliseu-Paragominas, existe uma localidade encravada à beira da estrada denominada Vila Arco-Íris, distrito de Ulianópolis. Cerca de 3 mil pessoas residem no lugar que fica a 20 km da sede do município, vivendo quase exclusivamente por conta das madeireiras existentes no entorno de Dom Eliseu e dos empregos fornecidos pela Pagrisa.
Por cerca de duas horas, o poster parou em três pontos da vila para sentir o clima em relação à crise envolvendo a usina de álcool e agentes do Ministério do Trabalho, saindo de lá convicto de que a Pagrisa tem entre seus principais aliados-defensores a comunidade de Arco-Íris. Em determinados momentos, ao saberem da presença de um jornalista no lugar, populares o cercaram, perguntando em tom de desagrado as razões de tantas indagações. O jogo de cintura e a malandragem de tantos carnavais percorridos permitiram ao poster arrefecer alguns ânimos mais exaltados, estabelecendo um canal de bate-papo amigável.
Por ora, os moradores de Arco-Íris ainda consideram a imprensa seu principal algoz. E não estão nem aí para questões como meio ambiente e trabalho escravo.
– Quem nós alimenta aqui são os madeireiros e a Pagrisa. Sem eles, estaríamos debaixo de lonas dos acampamentos do MST, pegando chuva e sol. E vendo os filhos morrerem de fome -, berrou João Quixadá, líder da comunidade.
Juvencio de Arruda
3 de janeiro de 2008 - 14:46Ao das 11:16:
Ainda bem que ignorância não é crime, embora alimente os criminosos.
Dura realidade que emerge do confronto entre a opressão e a marginalidade.
Anonymous
3 de janeiro de 2008 - 02:16O senhor Juvêncio Arruda odeia o Capital. Engraçado né? Será que os empresários são sempre e tão somente canalhas? Poxa vida! Eles não tem nadinha de bom? Eu, burramente, pensava que a classe empresarial ajudava o país a crescer. Que burrice a minha! Sou mesmo um capitalista insensível!
Hiroshi Bogéa
2 de janeiro de 2008 - 20:14Opressão escancarada no riso mofo de jagunços a jogarem dominó nas esquinas, como se fossem “agentes de informação” da ´Gata Rica´. É ali que mora o perigo.
Estou na área.
Juvencio de Arruda
2 de janeiro de 2008 - 19:55Ainda bem que ignorância não é crime, embora alimente os criminosos.
Dura realidade que emerge do confronto entre a opressão e a marginalidade.
Excelente informação, hiro.
Abs