Durante a semana que passou, duas equipes de alunos e professores da Universidade Federal do Tocantins, turma de veterinários, se revezaram nas dependências da Fundação Zoobotânica de Marabá, realizando trabalhos de pesquisa de parasitas em felinos, araras, averiguando quais tipos de doenças podem ser encontrados em animais vivendo em cativeiro.
Detectadas as doenças, os técnicos da FZM realizam o tratamento.
A presença dos universitários e professores da UFT já é rotineira, em razão de convênios assinados entre a fundação e a instituição de ensino.
A pesquisa da semana foi dirigida pela professora Ana Paula Gering – na foto abaixo com o biólogo Manoel Ananis.
Anteriormente, uma outra equipe comandado pela professora Ana havia realizado coletas de parasitas em cotias, quatis e antas.
“Obedecendo normativas do Conselho Nacional do Meio Ambiente, os pesquisadores realizam também a identificação dos animais através da fixação de chips especiais, equipamentos adquiridos as pela fundação”, explica o biólogo Manoel Ananis, responsável técnico pela Fundação.
Em função dos benefícios do convênio da parceria da FZM e a instituição de ensino tocantinense, a conhecida onça parda chamada “Campeão”, que se encontrava com dificuldade de defecação, recentemente foi transferida para o hospital veterinário da Universidade Federal do Tocantins, em Araguaína, para ser submetida a uma cirurgia de risco de retirada do intestino, realizada com sucesso pela professora Ana Gering.
Um dos animais mais visitados na fundação, “Campeão” já se encontra de novo no parque zoobotânico aparentando muita saúde.
“A cirurgia da equipe da professora Ana salvou a vida de nossa onça, que está outra vez em nosso meio muito saudável, para alegria da equipe de servidores da fundação e dos visitantes do parque”, informa Ananis.
Objetivando transformar a FZM numa instituição de pesquisa, as equipes de professores e alunos da UFT não estão simplesmente realizando exames médicos. O trabalho consiste também em coletar dados com aplicação de anestesia nos animais, monitorando o tempo do efeito anestesiológico em cada animal.
Posteriormente, o trabalho de pesquisa atualmente realizado será publicado em revista científica.
“Esse é o legado da Fundação Zoobotânica de Marabá: transformar-se numa instituição de pesquisa, abrindo nosso espaço para as instituições. Estamos realizando pesquisas em parcerias com a Unifesspa, Universidade Federal do Tocantins, Universidade de Castanhal, recebemos também estagiários de diversas universidades do país, tanto que agora temos um estagiário da Paraíba”, finaliza o biólogo.
Com graduação em Medicina Veterinária pela Universidade Federal do Tocantins, Campus de Araguaína, a professora Ana Paula Gering, coordenadora das equipes que estiveram na Fundação Zobootânica de Marabá, explica que a cooperação entre a UFT e a FZM existe desde o ano de 2018.
“Essa cooperação é mútua, sempre que um precisa do outro, chegamos juntos, nossa convivência é de mão dupla, muito importante mesmo, tanto para a FZM que a gente consegue auxiliar em diagnósticos e na prevenção de algumas doenças, assim como para a nossa Universidade, que trabalha com pesquisa, e , consequentemente, consegue avaliar os animais”, revela Ana Paula.
As duas equipes de pesquisadores estiveram semana passada em dias diferentes realizando coletas na Fundação.
A primeira equipe, sob coordenação da professora Andressa, realizou coletas dos animais e retornou no final mesmo dia à Araguaína levando sangue coletado.
“O material colhido precisa ser processado em até 24 horas, motivo pelo qual temos que trabalhar em duas equipes. Professora Andressa levou todo sangue colhido e realizou seu processamento tão logo chegou no laboratório da UFT. Hoje será a nossa vez de retornarmos ao final do dia, levando também material para análises”, conta a professora.
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