Memorando de Entendimento assinado pela Siderúrgica Norte Brasil S/A (Sinobras), do Grupo Aço Cearense, e a companhia Vale, oficializa compromissos das duas empresas iniciar a elaboração de estudo de viabilidade econômica para implantar, em Marabá,uma indústria para produzir laminados a quente (capacidade de 710 Kta), laminados a frio (capacidade de 450 Kta) e galvanizados (capacidade de 150 Kta), com placas fornecidas pela Alpa. O terreno para construção da indústria será concedido em regime de comodato.
Anúncio foi feito esta tarde, no Palácio dos Despachos, pela governadora Ana Júlia, ao lado dos diretores da Vale e da Aço Cearenses, em meio a repórteres e alguns auxiliares da governadora.
Confesssando-se “carregada de emoção” por ter conseguido obter resposta positiva à proposta que fizera, antes do Círio do Nazaré, aos dirigentes da Vale e da Sinobrás, estimulando-os à formação de uma parceria para a produção de laminados em Marabá, Ana Júlia fez exposição técnica da dimensão do projeto, que terá investimentos de U$ 750 milhões.
A governadora lembrou que Vale e Sinobrás, durante audiência realizada em outubro último, cumpriram promessa feita então de apresentar ao governo estadual, no prazo de trinta dias, o desenho idealizado para o negócio. “Com essa notícia maravilhosa, a parceria da Vale com a Aço Cearense atende à política de verticalização da produção, consolidando a mudança de nossa base produtiva”, disse Ana, lembrando o foco dado pelo seu governo de agregar valor à exploração mineraria, induzindo o Estado a um novo modelo de desenvolvimento no qual se insere a verticalização da produção, a exemplo do minério de ferro que será transformado em aço pela Alpa.
Aristides Coberllini, diretor de Siderurgia da Vale, foi enfático ao declarar que a assinatura do Memorando de Entendimento com a Aço Cearense é uma demonstração de que a mineradora “tem compromisso irrevogável” com a verticalização do Distrito Industrial de Marabá, “ já que o Projeto Aline indica a definitiva consolidação da Alpa”.
Importadora potencial de bobinas a quente e frio, diante da sociedade firmada com a Vale, a Sinobrás passará a ser uma das compradores exponenciais da fábrica de laminados, reduzindo drasticamente seus custos na usina integrada de aço, em Marabá. Quem afirmou foi Vilmar Ferreira, presidente da Aços Cearense.
Ian Correa, vice-presidente da Sinobrás, disse que o estudo de viabilidade tem previsão para ficar pronto até abril de 2010, cabendo à Vale a responsabilidade em elaborar todo o projeto básico. Caso a mineradora e a siderúrgica cearense decidam pela implantação do projeto, será criada uma empresa com 25% de participação da Vale e 75% de participação do Grupo Aço Cearense, que, a partir daí ficará responsável pela implantação, operacão e comercialização dos produtos da nova empresa.
A nova unidade de laminação recebeu a denominação de Projeto Aline, em homenagem a uma das filhas de Vilmar Ferreira, conforme revelou Aristides Coberllini
As placas de aço constituem matéria-prima para outras usinas siderúrgicas, além de ter aplicação direta na indústria naval e de construção civil. As bobinas a quente são utilizadas para a fabricação dos mais variados produtos, destacando-se: tubos, vasos de pressão, autopeças, implementos agrícolas, material ferroviário, material eletromecânico, construção civil e embalagens de grande porte. Mediante laminação a frio e/ou galvanização, são empregadas também para a fabricação de automóveis (partes expostas), eletrodomésticos (linha branca) e eletroeletrônicos, entre outros.
Maurílio Monteiro, secretário da Sedect, tocou num assunto importante: a rapidez com que o governo Ana Júlia está definindo a implantação dos investimentos de verticalização. “Esse processo, na maioria dos casos, demora décadas a ser consolidado. Em menos de quatro anos, estamos com uma configuração definida de mudança da base produtiva do Pará, com ações práticas deliberadas”.
Maurílio lembrou que, com a Alpa e o Projeto Aline, o Pará poderá ganhar diversos tipos de indústrias, entre elas, as dos setores de linha branca, automotiva, naval, etc.
Participaram da reunião com a governadora os diretores de Logística e Gestão de Projetos da Vale, Eduardo Bartolomeu, diretor de Siderurgia, Aristides Coberllini, diretor de Desenvolvimento de Relações Institucionais, Guto Quintela, o superintendente regional José Carlos Gomes Soares e José Fernando Gomes Júnior, gerente regional de Representação Institucional. Pelo governo, participaram os secretários Maurílio Monteiro (Desenvolvimento, Ciência e Tecnologia).
Pela Sinobrás, o presidenmte da Aço Cearense, Vilmar Ferreira; vice-presidente Ian Corrêa e o diretor de Sustentabilidade, Clayton Labes.
rafael
22 de setembro de 2011 - 10:38vc tem
rafael
22 de setembro de 2011 - 10:38vcs fabricao laminas de 1.5mm?
Anonymous
30 de novembro de 2009 - 18:27Isso não dá votos!!!
Vai perder pra uma mulher, anote ai!
Anonymous
28 de novembro de 2009 - 11:10Hiroshi a notícia é ótima para nós aqui de Marabá.
Parabéns, este blog foi o primeiro a noticiar. O povo de Marabá está ficando cada vez mais antenado.
Anonymous
28 de novembro de 2009 - 10:11O que mesmo PFL e PSDB fizeram nos doze anos de governo? Angar, Doca, Mangal das Garças… Tudinho em Belém.
Anônimo de cima, é bom ficar de olho, mas a vale sabe com quem está pactuando
Anonymous
28 de novembro de 2009 - 01:12A Vale só está ganhando tempo e iludindo o povo de Marabá.
A Vale tem esperanca de que o Lula nao faca o sucessor e com isto mandar o projeto Marabá que ela nao queria as favas.
Lembram das promessas que a Vale fez quando mandou a Usina do Salobo para as favas?
Prometeu fazer 5000 moradias em Marabá alem de fazer reflorestamento em 200 mil hectares na regiao.
Nao cumpriu nada.
Fiquem de olho pois a mesma nao merece confianca.
Anonymous
27 de novembro de 2009 - 21:37Da-lhe Ana Julia, os tucanos estão morrendo de inveja, Parabens Marabá.
João Costa.