Hidrovia Araguaia-Tocantins começa a funcionar em 2012
Governo do Pará obtém R$ 520 milhões para operacionalizar hidrovia que vai interligar o centro-oeste ao Norte
A governadora do Pará, Ana Júlia Carepa, obteve junto ao Governo Federal recursos da ordem de R$ 520 milhões, necessários para o deslocamento das rochas que impedem a navegabilidade do Rio Tocantins. O início das obras está previsto para o segundo semestre deste ano.
Com a retirada das pedras e a conclusão das eclusas da barragem de Tucuruí, será possível operacionalizar a Hidrovia Araguaia-Tocantins para transporte de embarcações de grande porte até o final de 2012. Essa hidrovia se tornará uma importante alternativa ao escoamento da produção e de insumos, interligando o centro-oeste brasileiro ao sul do Pará e ao Porto de Vila do Conde, no município de Barcarena (Região Metropolitana de Belém), totalizando 2794 quilômetros.
No rio Araguaia, trecho Aruanã (GO) a Xambioá (TO), a hidrovia terá 1230 km; no rio das Mortes, trecho que liga Nova Xavantina (MT) a São Félix do Araguaia (MT), o percurso tem 592 km. De Nova Xavantina (MT) até a foz com o Rio Araguaia, a extensão é de 552 km. No rio Tocantins, trecho Miracena do Tocantins (TO) a Estreito (MA), o trajeto é 420 km
A hidrovia estará operacionalmente atrelada à construção da Plataforma Logística Intermodal de Transporte de Marabá através do Governo do Pará, que proporcionará a conexão dos transportes aquaviário, ferroviário (Estrada de Ferro Carajás) e rodoviário (Rodovia Transamazônica/BR-230).
Integrará também a hidrovia o futuro porto público a ser construído no município de Marabá, que já tem assegurado pelo Ministério dos Transportes recursos da ordem de R$ 80 milhões. O porto ficará à margem esquerda do rio Tocantins, na altura do Km 14 da BR 230, região do parque industrial da cidade, local que receberá a siderúrgica Aços Laminados do Pará (Alpa), com operação prevista para 2012.
Obras
“O derrocamento dos pedrais será feito com o uso de explosivos”, explica coordenador do projeto pela UFPA, Hito Braga. O trabalho, com duração de 13 meses, será realizado num trecho de 43 quilômetros de extensão, compreendido entre a ilha do Bogea e o município de Itupiranga (sudoeste). Em mais de um quilômetro do rio a largura desse trecho atinge cerca de 70 metros.
Após a conclusão do projeto, navios com capacidade de carga de 19 mil toneladas poderão navegar no rio Tocantins em qualquer época do ano. O deslocamento das pedras vai equiparar o calado (profundidade do ponto mais baixo da embarcação) permitido pela hidrovia ao das eclusas de Tucuruí, que é de até 3,5 metros.
“As eclusas serão concluídas no segundo semestre deste ano, quando já será possível a navegabilidade de navios de grande calado durante o período da cheia do Tocantins, entre os meses de janeiro e agosto. Fora do período chuvoso, o calado da hidrovia fica em 1,5 metro devido aos pedrais”, explicou Flávio Acatauassu, coordenador de Manutenção e Operacionalização de Hidrovias do DNIT.
Fonte: Site Transporta Brasil
Anonymous
12 de fevereiro de 2010 - 22:45A melhor matéria sobre o derocamento, inclusive com fotos, mostrando o trecho foi publicada pelo Hiroshi. Blogueiro categoria. Repete aí, Hiroshi, colocando mais detalhes.
Anonymous
9 de fevereiro de 2010 - 23:35É impressionante como em Marabá só se fala em milhões, em bilhões, de investimentos nesta cidade, parece q estamos vivendo num conto de fadas, o projeto ALPA da Vale vai gerar 16.000 novos emprêgos, + com um fluxo migratório de pessoas em tôrno de 100.000, e depois do projeto pronto vão ficar apenas 3.000, a pergunta é: o q vão fazer essas pessoas desempregadas? será q a Vale vai bancar o caos social q vai virar esta cidade? o projeto até hj continua com suas pendências, tanto nas desapropriações, como na aprovação através dos Ministérios Públicos Estadual e Federal, e o Meio Ambiente, já fez o estudo necessário para avaliar o impacto ambiental q vai provocar no Rio Tocantins com as explosões q vão ter q ser feitas para a retirada das rochas q impedem a navegabilidade do Rio, acho q os ambientalistas e a população tem q cobrar essas questões, antes q seja tarde e nos tenhamos q vêr o nosso querido Tocantins naufragar em seu próprio leito, temos exemplo de Belo Monte q até hj à população e os ambientalistas cobram do Gôverno um estudo + detalhado para a implantação desta Hidroelétrica para q n venham sofrer futuramente com os impactos ambientais. Sou favorável ao progresso + de forma ordenada + q tenhamos toda uma infraestrutura de uma cidade, onde possamos viver tranquilamente com nossas famílias, Marabá n tem nenhuma estrutura ainda para receber esses projetos, n tem saneamento, n tem saúde, n tem segurança, n tem educação necessária para suportar essa demanda. N vejo nada ser feito para se enfrentar esses problemas a n ser se falar q o Gôverno fez isto, fez aquilo e na prática nada, temos q considerar q este Ano é eleitoral será q é isto?
Anonymous
9 de fevereiro de 2010 - 23:09Eita mulher pôrreta!
Fez o que o tucano prometeu e num conseguiu.