
Falecido ontem, na Ilha do Marajó, o ex-governador Alacid Nunes teve papel importante na luta para a derrubada de parte da estrutura militar, incrustada na administração estadual, ao ajudar o então deputado federal Jader Barbalho eleger-se governador do Estado, em 1982, candidato apoiado por ele, na disputa contra o empresário Oziel Carneiro, do PDS.
Coronel do Exército, Alacid Nunes rompera tempos antes com o também coronel Jarbas Passarinho – ex-governador, ex-senador e ex-ministro do Trabalho, da Educação e da Previdência Social durante a ditadura, e mais tarde, já na democracia, ministro da Justiça do ex-presidente Fernando Collor.
Alacid Nunes, igualmente revelado pelo golpe militar de 1964 e então governador do Pará, rompeu também com o Palácio do Planalto e apoiou a candidatura de Jader Barbalho, do PMDB, na sucessão estadual de 1982, ao mesmo tempo em que os deputados a ele ligados abandonavam o PDS.
Ao apoiar a candidatura de Jader, o então governador Nunes deixou de honrar o compromisso assumido com o regime militar de, ao final do seu segundo mandato como governador, apoiar o candidato ao governo indicado por Jarbas Passarinho.
Alacid, controlando a estrutura governamental, comandou a eleição que elegeria Jader pelo voto direto.
Nunes, que é pai do atual secretário estadual de Agricultura e Pesca, Hildegardo Nunes, faleceu em sua fazenda, no município de Soure, neste sábado, 5.
O corpo está sendo no Palácio Lauro Sodré, atual Museu do Estado, mas que já foi sede do governo estadual.
Enterro será nesta segunda-feira, 7.
Alacid faleceu ao completar 91 anos e idade.
jorge quaresma
5 de agosto de 2019 - 14:02tempo bom!
Jaime Cuellar Velarde
9 de setembro de 2015 - 16:47Faltou mencionar o quanto suas botas também ajudaram a fortalecer a ditadura ao longo dos 21 anos.
Poderia começar mostrando quando o mesmo foi prefeito biônico de Belém. Ou dos contratos nunca explicados junto a empreiteiros pro sem número de obras que teve sua assinatura.
Muita gente foi socada na 5a Companhia de Guardas, no Quartel da Gaspar Viana, em Belém. Sem contar os desmandos do comparsa Major Curió, no sudeste.
O homem terá sérios ajustes no plano superior (ou inferior, quem sabe?!)… além das respostas que se recusou a dar em vida!
A História o julgará. Eu também.