A Assembleia Legislativa do Pará reúne no dia 16 de dezembro, representantes do governo, conselheiros de saúde e membros do Movimento de Reintegração das Pessoas Atingidas pela Hanseníase (Morhan) para discutir a indenização das pessoas que foram separadas de seus pais durante o isolamento compulsório dos pacientes com hanseníase. A reunião acontece às 9h, no auditório João Batista.
Instituído como política de saúde no Brasil até a década de 1980, o isolamento compulsório das pessoas atingidas pela hanseníase foi responsável pela separação de milhares de famílias brasileiras – prática repudiada pela Comissão de Direitos Humanos da ONU. O Conselho Nacional de Saúde recomenda a imediata implementação de medidas de indenização e reparação dos danos impostos aos filhos que, ainda bebês, foram separados dos pais, na época da segregação dos portadores de hanseníase.
Até 1986, os bebês nascidos em hospitais-colônias eram afastados de seus pais e entregues para adoção. Estima-se que cerca de 40 mil crianças tenham sido separadas de seus pais, muitas das quais até hoje não reencontraram suas famílias. No Pará, são cerca de 4 mil pessoas que sofreram com a separação de seus pais. O Brasil foi o segundo país do mundo a indenizar as pessoas que foram isoladas em colônias e pode ser o primeiro a indenizar os filhos que foram delas tirados.
No Brasil, a lei federal 11.520, de 18 de setembro de 2007, dispõe sobre a concessão de pensão especial às pessoas atingidas pela hanseníase que foram submetidas ao isolamento compulsório. A indenização prevista pela lei corresponde à pensão vitalícia de R$ 750, garantia de fornecimento de próteses e realização de intervenções cirúrgicas e assistência à saúde por meio do SUS. “Porém, o benefício não se estende aos filhos das pessoas submetidas ao isolamento compulsório.
Por isso, desde 2010, o Conselho Nacional de Saúde recomenda a aprovação de uma medida provisória que estenda as ações de reparação e indenização aos filhos separados dos pais durante a fase do isolamento compulsório de pacientes com hanseníase”, informa o coordenador nacional do Morhan, o conselheiro nacional de saúde Artur Custódio.
Apesar de ter cura e de o tratamento estar disponível no SUS, a hanseníase ainda é um grave problema de saúde pública no Brasil – país que ocupa a primeira posição no ranking mundial de prevalência da doença. Segundo dados do Ministério da Saúde, 47 mil novos casos da doença são registrados a cada ano. A situação é especialmente grave nas regiões Norte, Centro-Oeste e Nordeste, que concentram 53,5% dos casos.
Marabá é um dos municípios do país com maior número de casos registrados da doença.
Karla Maués
8 de dezembro de 2011 - 11:45Ontem o Senador Aluisio Nunes (SP), durante a argüição da futura Ministra do STJ, sugeriu que fosse aberta a caixa preta das contibuiçoes recebidas pelos arquimilionários sindicatos e outras instituiçóes como a OAB por exemplo. Ninguém sabe, ninguém viu, ninguem nem sonha sequer cogitar essa possibilidade. Só ele!
Sugiro que algum nobre parlamentar, ou a Presidente(a), se atreva a alinhavar uma proposta, destinando uma infima parte dessa estratosférica e desconhecida fortuna, para o Conselho Nacional de Saude ou SUS ou outro orgão competente, afim de valer o direitos desses indignados e necessitados cidadões. Não custa nada sonhar ora!
Nesse rico e injusto País, a má versação de verbas faz com que percamos até a humanidade. Quando vemos crianças chafurdando na lama, nuas e descalças, mães empuleiradas em palafitas com recém nascido no colo, pensamos como alguns podem dormir sossegados diante de tanta injustiça.
Um hanseniano simplesmente vai se desintegrando aos pouco de forma cruel e desumana.
Como podemos ajudar senao mandando e-mails para nossos parlamentares exigindo prontas decisões?
Boa sorte e fiquem em paz!