Recebo email de amigo contendo comentários a respeito da postura da Vale em sua relação com os governos federal e estadual. Email têm caráter estritamente pessoal mas o poster decide public-a-lo pela qualidade de seu conteúdo, preservando, logicamente, a identidade do autor.
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A grande imprensa mais uma vez mostrou serviço do lado errado.
E a Vale, mais uma vez, escolheu o lado errado. Com essa iniciativa revela mais uma vez falta de ética nas relações com o público e com parte dos acionistas. Com o Estado do Pará e conosco que aqui vivemos, estamos acostumados , não estranhamos mais.
Mas desse episódio tiro uma lição: a Vale deixou de ser sustentável. Não é sustentável quem não tem ética. Ela é a Enron dos minérios. Um dia ela vai quebrar, não por falta de minério ou de recursos financeiros, mas por falta de ética.
No momento, temos que apoiar a Presidência da República, ainda que por razões táticas, pois não somos ingênuos para não perceber que há interesses eleitorais também na pressão sobre a Vale.
Como havia na lua de mel entre ela e o Governo.
Aqui no Pará, os políticos deveriam ter o cuidado de desprezar a contribuição financeira da Vale para eleições e fazer disso um mote eleitoral. Deveriam recusar ostensivamente qualquer contribuição dela (quando digo dela digo de todas as empresas do grupo). E os que recebessem deveriam ser execrados pelos outros. Acho que seria um bom mote de campanha.
Anonymous
19 de outubro de 2009 - 21:07hiroshi, vá atrás do escandalo da merenda, querem apresentar nota extra de 800 mil a mais e o walter não vai assinar, e parece que nem o nei calandrini. tá o maior rolo.
Anonymous
19 de outubro de 2009 - 14:39Tudo bem reestatiza a Vale e coloca o Puty, o Divino, o Zé Dirceu, o Barbalho, o Ademir Andrade e outras preciosidades que a política nos presenteia, para gerir aquele gigantesco conglomedao de empresas e a dinheirama que representa seu patrimônio e lucros.
Guilherme Scalzilli
18 de outubro de 2009 - 19:49A Vale é nossa?
A venda da Vale do Rio Doce obedeceu ao padrão vigente nos governos FHC: valor irrisório em dinheiro podre e público, favorecimentos aos compradores, pouca ou nenhuma contrapartida posterior. No livro “O Brasil privatizado”, Aloysio Biondi expôs esse desmanche criminoso do aparelho estatal brasileiro. É para estômagos fortes.
Tentaram levar a Petrobras no rapa, mas não deu, por pouco. A Vale, considerando seu potencial na época, foi praticamente doada ao capital privado. É a segunda maior empresa do país, e seu papel estratégico ultrapassa o âmbito dos investimentos de grande porte. Essa história de que ela se valorizou e cresceu graças à privatização é lorota: naquelas condições, qualquer administrador mediano chegaria a resultados equivalentes. E por que tanto medo de discutir a gestão de uma empresa biliardária, que sequer existiria se não fossem os esforços e as verbas do contribuinte?
Quando a imprensa defende Roger Agnelli, está apenas fazendo lobby, provavelmente pago mesmo, no estilo jabá. Mas os interesses são todos interligados. Benjamin Steinbruch, colunista da Folha, esteve entre os compradores da Vale, da qual foi diretor.
Os privatas estão em pânico. Sua causa tem sofrido importantes revezes recentemente. O colapso da Telefonica, as tarifas escorchantes da CPFL e os pedágios paulistas tiveram em comum a generosidade dos administradores tucanos perante um grupo de apaniguados que (surpresa!) apareceram depois como financiadores de campanhas eleitorais. Não custa lembrar que a Vale demitiu, desnecessariamente, mais de 4 mil pessoas, temendo a “crise Míriam Leitão”.
Um pouco mais lesado e o povo começará a entender algo sobre a origem de seus padecimentos.
Lafayette
18 de outubro de 2009 - 04:16"Extra! Extra!
Começou a ser contada uma história!
A BATALHA DA AMAZÔNIA começou a ser narrada pelo André Costa Nunes, no seu blog "Tipo assim… folhetim".
http://tipoassimfolhetim.wordpress.com/
É coisa pra mais de metro e de megas bits!"
Ps.: coisa de filho-coruja! 😉