Em ofício enviado à presidência da Câmara Municipal, o Grupo Atitude de Marabá solicita providências contra a postura do vereador Leodato Marques (PP), que em discurso da tribuna destilou sua natureza homofábica usando expressões preconceituosas contra a realização da Parada do Orgulho LGBT.
Alguns trechos do documento protocolado na CMM:
Nota do Blog:
Quem assina o documento é o presidente da LGBT de Marabá, Noé Lima da Silva, a quem o poster enumera considerações:
Primeiro, não esperar de figuras como o vereador Leodato Marques o mínimo de compostura civilizada.
Reacionário por natureza, o “irmão” sempre revelou desvio de percepção, como se fosse um daltônico invertido. Portanto, sem a mínima chance esperar do citado parlamentar ato de “respeito e incentivo à prática dos Direito Humanos”, como sugere a nota.
Ledoato não está preocupado com o bem-estar de pessoas – ele deseja pura e simplesmente que todos vivam suas vidas unicamente em conformidade com o ideal heterossexista por ele aprovado, independentemente das opções pessoais do ser humano.
A Organização Mundial de Saúde, na Classificação Internacional de Doenças n.º 10/1993, declara peremptoriamente que “a orientação sexual por si não deve ser vista como um distúrbio, não sendo possível, portanto, patologizar a orientação sexual homoafetiva”.
O Conselho Federal de Psicologia referendou tal posição através da Resolução n.º 01/1999, declarando que “a homossexualidade não é doença, desvio, perversão nem nada do gênero”, proibindo, em consequência, psicólogos de patologizarem a homossexualidade.
Na visão do CFP, os profissionais da área, em verdade, devem ajudar homossexuais e bissexuais a se aceitarem como são e perceberem o preconceito homofóbico correspondente a uma patologia social.
Leodato praticou, da tribuna da CMM, apologia à violência contra todos aqueles que se descubram homossexuais, com o que jamais se pode concordar. Seja por uma questão ética, seja por uma questão legal.
A postura do vereador evangélico envergonha Marabá, e fatos dessa natureza merecem maior rigor por parte da mesa diretora da CMM.
Leodato praticou, sim, quebra de decoro. O pronunciamento dele foi um ato sacana de desrespeito à dignidade.
Baseado em suas crenças proféticas, o “pastor ovelhado” só falta apresentar projeto de lei propondo a mordaça gay e a obrigatoriedade de todos os homossexuais arrependidos receberem tratamento terapêutico para o reencontro da heterossexualidade.
Jamais confundir as palavras agressivas atiradas contra a comunidade gay como direito de expressão. O que ele disse, da tribuna, é crime.
E como tal, a mesa diretora tem obrigação moral de levar à frente pedido de investigação proposta pelo Grupo Atitude de Marabá.
Para que o atual período quadrianual legislativo não seja consagrada como a pior safra de vereadores de Marabá, exige-se uma higienização de alguns atos. O primeiro já está sendo conduzido na apuração das tranquinagens patrocinadas pela vereadora Elka Queiroz (PTB).
Agora surge essa vergonhosa manifestação de Leodato, muito mais deprimente do que a outra.
Isso enquanto não surgem novos escândalos envolvendo outros vereadores – alguns à porta de serem revelados..
Aônimo
31 de agosto de 2012 - 13:52Não revelo meu nome por precaução Leodato marques é uma ótima pessoa qualquer político Tem uma polêmica em sua carreira política mas acho que os exagerados comentários colocados aqui difamam a candidatura de Leodato Marques isso por causa de um Pormenor como um comentário Gera tanta especulação
mas quero confessar uma coisa conheço leodato de perto e o vejo quase que diáriamente e é solidário e é bem simples