O sol já desponta, numa canoa, dois jovens pescam – não sei o que, naquele lugar, àquela hora, com duas balsas indo e vindo carregadas de carros, fazendo barulho ao extremo. Puxam a linha diversas vezes, e nada. Tentam de novo, enquanto contemplam no horizonte, a balsa carregada de caminhões passando ao largo.
Volto a atenção para um ônibus que chega trazendo mais mulheres da zona rural. De repente, outros e outros. E mais mulheres descendo de cada veículo.
As dez horas, a cidade está invadida por camponesas vindo de diversos municípios do sudeste: são Marias, Avelinas, Antonias, Raimundas, Silva, Pereira… O rosto sofrido de cada uma desnuda a realidade perversa da falta de educação, saúde, renda, e até de água potável em seus assentamentos escondidos na mata.
Nesta quinta-feira, Dia Internacional da Mulher – as Mulheres da Mata se reúnem para festejar a festa e garantir o Pronaf-Mulher numa solenidade com dirigentes do governo federal.
Anonymous
10 de março de 2007 - 03:30Eu sou a Edna Lucineide que deu entrevista pra você em São geraldo, e moro em São Joao do Araguaia, lembra? Olha, muitomobrigado pelo que você escreveu de nosso movimento, cheguei a lagrimar. Suas palavras nos incentivarão a engrossar outros movimentos. Nos valorize assim como fez. Obrigado, do fundo singelo de nosso coração.
Obrigado mesmo.
Edna Lucineide – Fetraf São Joao