Finalmente, a prefeitura decidiu assumir postura rígida, e comprometida com o anseio da população de Marabá, contra o Frigorífico JBS S.A, do grupo Friboi, decidindo pelo embargo do curtume que tantos problemas vinha causando à comunidade, além de acrescentar à decisão multa de R$ 5 milhões.
A secretaria municipal de Meio Ambiente atendeu decisão do Conselho Municipal de Meio Ambiente, que em reunião dias atrás aprovou, à unanimidade, procedimento de interdição do curtume.
Ribamar Ribeiro
8 de agosto de 2011 - 19:28PARA PUBLICAR
Aula Inaugural do Curso Técnico em Agroecologia dos Povos Indígenas
Nesta quarta (10) ás 09:00h o Campus Rural de Marabá, do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Pará, realiza a aula inaugural do curso Técnico em Agroecologia Integrado ao Ensino Médio dos Povos Indígenas do Sudeste Paraense, uma turma com trinta e nove educandos que foram selecionados através do processo seletivo. São indígenas de doze aldeias e sete povos da região que participaram do processo de construção da proposta do curso desde setembro de 2009. São: Atikum, Guarani, Aikewara-Suruí, Amanayé, Guajajara, Assuriní, Akrãtikatêjê e Parkatêjê.
Sobre o curso
Segundo o sociólogo Ribamar Ribeiro Junior, o Curso Técnico em Agroecologia Integrado ao Ensino Médio dos Povos Indígenas do Sudeste Paraense se constitui numa iniciativa pioneira na região. A proposição desse curso insere-se numa perspectiva de aprendizado e acúmulo, visando à institucionalização de cursos com projetos pedagógicos específicos e diferenciados no âmbito do Campus Rural de Marabá. Neste sentido, esse primeiro curso caracteriza-se como uma experiência piloto, no sentido da construção e da materialização de uma proposta teórico-pedagógica que possa referenciar a continuidade e o estabelecimento de novos cursos. Conta com financiamento da SECADI/MEC e da parceria com a Fundação Nacional do Índio – FUNAI no deslocamento dos educandos.
A elaboração deste projeto de curso e a construção da relação com os povos indígenas envolveram atividades de visitas locais às aldeias, desde o mês de setembro de 2009, visando a apresentação institucional do IFPA/CRMB e a elaboração de um diagnóstico preliminar da realidade socioprodutiva e das demandas educacionais dessas comunidades; a realização de um seminário regional com lideranças e professores indígenas; diálogos com parceiros como o Fórum Regional de Educação do Campo do Sul e Sudeste do Pará (FREC), o Conselho Indigenista Missionário (CIMI), a UFPA/Campus de Marabá.
A educação profissional e tecnológica integrada à educação escolar indígena a ser desenvolvida pautará pelo princípio da educação intercultural e realizar-se-á através de projeto pedagógico e curricular específicos. Por isso, a educação profissional e tecnológica deverá preocupar-se com a formação integral, aliando formação humanista profissional e o diálogo intercultural numa perspectiva estratégica de contribuir com o fortalecimento das comunidades, através da alternância pedagógica, onde os educandos passarão quinze dias no Tempo Escola e vinte dias no Tempo Aldeia.