Sonhava à noite com os escafandristas.
Era uma estranha sensação ígnea.
O que faziam no fundo do rio, intrigava-me.
Bastava algum deles desaparecer, submergindo, para meu sofrimento bater a porta.
Urgente como uma dor – que não dói, mas suplica -, não havia como ignorá-los, no fundo do Tocantins. Nem havia como evitá-los: estavam sempre à minha frente, perto de uma pequena praia -, defronte nossa casa.
—————-
Faz um bem danado, vez por outra, mergulhar em flashbacks no blog para reler antigos posts – como o da presença de escafandristas no rio Tocantins, em frente a casa em que o pôster morava, no Marabazinho.
Postado há três anos, em abril de 2008.
ANONIMO
29 de junho de 2011 - 10:55O serviço de garimpagem com escafandros à moda “tocantina” era um verdadeiro exemplo de trabalho em equipe ,pois os homens que trabalhavam fora d”água(esquecidos nas histórias) no bombeamento do oxigenio eram de vital importancia p/a sobrevivencia do mergulhador. Ainda existem alguns pioneiros ,saudosos apaixonados por essa época.Vivem de sonhar,que a gde matriz dos diamantes da nossa região,está intacta,perdida para sempre nalgum canto do caudaloso tocantins. Será ??
Anônimo 10:55, você conhece alguns desses “fora d´água” para que eu possa entrevistá-los e trazer suas estórias a público? Se você tiver nomes dessa turma de encafandristas marabaenses ainda vivos, envie para o emeio hiroshyb@gmail.com
Grato
agenor garcia
28 de junho de 2011 - 17:48Escafandristas,
Mundo solitário
mangueiras que arfavam
conduzindo o ar
pro enorme cabeção de cobre
Fundo do rio
pesos à guisa de cintura
pés no lodo
pesadões
Mãos frias, ávidas
revolvendo o cascalho
a areia manteiga
olhos atentos
em busca da pedra
lágrimas divinas
de carbono puro
vertidas em diamantes
A vida, não valia nada
a grupiara
era o sonho
e o unico mundo deles..