Quando o secretário de Agricultura Cássio Pereira anuncia que o modelo de criação extensiva da pecuária paraense está consumindo os recursos naturais com danos ambientais imensuráveis – aí incluído, principalmente, o desmatamento -, está coberto de razão. E ele garante que pelo macrozoneamento do Estado, “temos condições de concentrar o nosso rebanho em áreas menores”.
Questão central de pesquisas divulgadas é como conciliar a atividade pecuária na Amazônia (que em breve pode vir a ser a primeira região em produção de carne bovina no Mercosul) com a exploração familiar. Uma pista para a solução do problema é o investimento em gado leiteiro.

Inversão

Atualmente, a Amazônia importa 80% do leite e derivados que consome, enquanto que a produção familiar local, associada a uma agricultura diversificada, poderia suprir boa parte da demanda.
Outra ação importante, dizem estudiosos, seria a plantação de árvores nos locais de pastagem, que ajudaria a reduzir o desflorestamento e poderia, inclusive, servir como uma fonte extra de renda para os proprietários de terra, tanto grandes quanto pequenos. Essencial é passar da pecuária extensiva para a intensiva. Mas isto só acontecerá com a criação de zonas de proteção ambiental e a inclusão do custo ambiental no valor da terra, pois atualmente é muito mais fácil e barato desmatar 5 mil hectares de terra do que intensificar 50.