Uma intervenção do empresário Demétrius Ribeiro provocou treme-treme nas imediações da mesa diretora dos trabalhos do I Simpósio Pró-Criação dos Estados do Pará e do Tapajós.
O destempero começou depois que o presidente da Câmara Municipal, Miguelito Gomes, criticou o distanciamento dos empresários de Marabá em relação ao movimento divisionista, “temerosos de que seus negócios pontuais sejam afetados por ações do governo estadual”.
As criticas se tornaram mais duras a partir do momento em que a deputada estadual Bernadete Caten (PT) responsabilizou os empresários locais de se preocuparem tão-somente em desenvolver investimentos voltados à concentração de renda sem vínculos sociais.
Demétrius Ribeiro que se encontrava compondo a mesa como suplente de senador, após os dois discursos, pediu a palavra e escureceu o tempo ao defender o empresariado. Reagiu usando expressões que atingiram em cheio a classe política, da qual ele faz parte também. Não se conteve e endereçou petardos contra a administração de Sebastião Miranda, acusando-o de não mover uma palha em defesa do setor guseiro – além de deixar ao relento o Distrito Industrial. “Se não fosse os empresários, esse distrito já teria fechado por desleixo da gestão pública”. Na mesa, Tião Miranda a tudo ouvia sem mover um músculo do rosto.
Quando se dirigia ao local onde estava sentado, depois do desabafo, Demétrius foi recebido ainda no palco pelo prefeito de Marabá de dedo em riste.
– O teu problema comigo parece ser pessoal. Então vamos lá pra fora que ti ensinarei como se resolve isso, reagiu enérgico Sebastião Miranda, que quando perde a calma não costuma levar desaforos para seus aposentos. O caldo só não entornou de vez por causa da intervenção providencial dos demais participantes do centro de trabalhos.
hiroshi
17 de junho de 2007 - 16:53Ademir, essa de “enforcamento com a tripa do falecido em batalha” não é usual. O máximo! Ehehehehe
Quaradouro
17 de junho de 2007 - 13:15Eu ia sugerir que o entrevero fosse marcado com urgência, antes que esfriem os ânimos, para resolução no inútil ginásio coberto da folha 16. Mas, dada a qualidade dos litigantes, proponho que que a luta – sem juízes e sem prazo para terminar – se dê, até por afinidade, ao lado do campo de peladas Piçarrão, ali onde usualmente ficam os circos de passagem por Marabá.
Não será permitida a venda de bebidas alcoólicas no entorno, nem a queima de fogos de artifício. Nem vaias!
Vamos aguardar que ambos se trucidem num vale-tudo memorável e depois,aquele que sobreviver vai acertar as contas todos nós: será enforcado com a tripa do falecido em batalha.
Anonymous
16 de junho de 2007 - 22:39Bárbaros se engalginhando em meio à plateia. Lembra-nos os tempos de Roma. São dois dromedários que simbolisam o porquê de Marabá não crescer devidamente apesar de seu potencial natural. Duas enfermidades que precisam ser curadas.
hiroshi
16 de junho de 2007 - 13:24Bia, a classe empresarial de Marabá é omissa politicamente. Sempre foi. O Demétrius, considerando seu nível cultural de rara fragrância, pelo menos coloca a cara. Geralmente, apanha mais do que bate. Mas a escancara. Isso é virtude rara num meio em que o dinheiro e a ambiçao desmesurada são objetivo de tudo. As cabeças menos reacionárias, como o Gilberto (bem citado por você), preferem navegar em águas menos turvas. E esse é o grande mal de nossa representatividade.
Tem gente nova que precisa ser estimulada, tem sim.
Beijos e obrigado pela sua fiel presença aqui.
Bia
16 de junho de 2007 - 10:08Caro Hiroshi,
Quando conheci o suplente de senador, ano passado, fiquei matutando: porque as empresariais de Marabá, com muita gente boa, como o Gilberto, por exemplo, ainda que não pudessem impedir que os encantos políticos do suplente prevalecessem para a escolha “política”, permitem que esse moço os represente como classe…
Depois, desisti de pensar nisto…rsrsrs…
Abração.
Juvencio de Arruda
16 de junho de 2007 - 02:18Conjunção de desavisados interesses…eheh.
E escapou de boa este suplente do senador seiláoque Couto (copyright by Ademir Bráz)
Ia pegar muuuita porrada.
Boa Noite, Hiro.
Anonymous
16 de junho de 2007 - 01:51acho que o prefeito que já tem a fama de fazer mal versão da posição sexual de homem, faz também a mal versão do prefeito que usa a atitude a providência como força. Chamar para porrada é bem comum de pessoas de sexo transviado que não podem ser contrariados…
Carajás não mereçe isso…
Não sou a favor deste empresário que para mim é mais um lunático do que de fato um homem público, mas neste episódio ele está certo.
O tal “Tião” (no rio teve um macaco que foi mais bem votado que ele….se lembra do macaco tião?
Nomes iguais…)não passa de um erro de percurso, e se deus quizer, quando o tão queriodo e sonhado Carajás chegar, ele já estará na memória como esta hoje o tal macaco…
crisblog
15 de junho de 2007 - 23:45Caramba Val…a coisa literalmente pegou fogo!
Adorei esse post!!!!!!!!!!!!!!
rsrsrs
Beijos.
Val-André Mutran
15 de junho de 2007 - 21:21Ihhhh! Fechou mesmo heim?