Hoje já é quarta-feira, 30 de maio. Os dias se sucedem com a velocidade de uma máquina de cassino. Sem que nada pareça de fato acontecer, difícil acompanhar a vida que passa rápido. Em verdade, várias coisas se desenvolvem em um tempo próprio.
É preciso perceber a música que existe em todas as coisas, e a cada coisa dar-lhe a atenção devida.
Atenção é a palavra-chave. Tão fácil de dizer, tão difícil de aplicar. Não basta tentar fixar a mente obsessiva em algum ponto. É preciso cultivar o desapego. Ou, a desambição. Ou viver intensamente sem nada querer. Flanar pelas ruas da cidade e da vida com olhos velozes e carinhosos deslizando sobre tudo sem se fixar em nada.
Ao me olhar no espelho, apenas sorri. Ainda há muitas batalhas a enfrentar.
Hoje é quarta-feira, 30 de maio.
Val-André Mutran
31 de maio de 2007 - 21:44Seria uma revolução se acostumássemos a refletir todos os dias, sobre o próprio dia.
Ano passado, quando soube da possibilidade de inclusão da disciplina filosofia na grade de ensino público, animou-me o espírito.
Refletir todo o dia, sobre o dia-a-dia, é preciso!
crisblog
31 de maio de 2007 - 03:38Como hoje já não é mais quarta-feira, … essa pra quinta(não do Juca rsrsrsr):
o menino que carregava água na peneira
(Manoel de Barros)
Tenho um livro sobre águas e meninos.
Gostei mais de um menino que carregava água na peneira.
A mãe disse que carregar água na peneira era o mesmo que roubar um vento
e sair correndo com ele para mostrar aos irmãos.
A mãe disse que era o mesmo que catar espinhos na água
O mesmo que criar peixes no bolso.
O menino era ligado em despropósitos.
Quis montar os alicerces de uma casa sobre orvalhos.
A mãe reparou que o menino gostava mais do vazio do que do cheio.
Falava que os vazios são maiores e até infinitos.
Com o tempo aquele menino que era cismado e esquisito
porque gostava de carregar água na peneira
Com o tempo descobriu que escrever seria o mesmo
que carregar água na peneira.
No escrever o menino viu que era capaz de ser
noviça, monge ou mendigo ao mesmo tempo.
O menino aprendeu a usar as palavras.
Viu que podia fazer peraltagens com as palavras.
E começou a fazer peraltagens.
Foi capaz de interromper o vôo de um pássaro botando ponto final na frase.
Foi capaz de modificar a tarde botando uma chuva nela.
O menino fazia prodígios.
Até fez uma pedra dar flor!
A mãe reparava o menino com ternura.
A mãe falou: Meu filho você vai ser poeta.
Você vai carregar água na peneira a vida toda.
Você vai encher os vazios com as suas peraltagens
e algumas pessoas vão te amar por seus despropósitos
Beijos.
Anonymous
30 de maio de 2007 - 23:05A palavra-chave: Refrão.
É preciso estar atento e forte/ não temos tempo de temer a morte…
Analídia Carneiro
crisblog
30 de maio de 2007 - 22:51E hoje ainda é quarta-feira, 30 de maio.
consertando!
crisblog
30 de maio de 2007 - 22:50“Vida que passa a vida”…
Palavra-chave: atenção!
SE CADA DIA CAI
(PABLO NERUDA)
Se cada dia cai dentro de cada noite,
há um poço onde a claridade está presa.
Há que sentar-se na beira do poço da sombra
e pescar luz caída com paciência.
Eu diria:
Palavra-chave: sinais!
E hoje ainda é 30 de maio.
Beijos.
Anonymous
30 de maio de 2007 - 20:08Não tem nada a ver com o post,
mais é pra alertar os prefeitos da região.
A Diretora de Participação Popular da Sedurb, Vanda Fernandes, está na região desde ontem visitando os municipios do sul e sudeste do estado, ela esta orientando os prefeitos a organizarem a Conferencia das Cidades(orçamento participativo do governo Federal) que é organizado e coordenado aqui no estado pela Sedurb, que tem como coordenadores, a secretária Suely Oliveira e sua diretora Vanda Fernandes.