O Pará, estado brasileiro selecionado para acolher a primeira Conferência Mundial sobre Mudanças Climáticas (COP 30) no Brasil, também se destaca como um dos que apresentará maior crescimento econômico no país em 2025. As projeções, de fato, superam a média nacional, que é um pouco superior a 2%. Essa informação é proveniente da Tendências Consultoria, uma das empresas mais conceituadas do Brasil.
A pesquisa indica que o estado da Amazônia terá um crescimento de 3,5%, estimulado não apenas pela mineração e pelo agronegócio, que são tradicionalmente robustos na área, mas também pelo setor de serviços, que tem apresentado um aumento nos últimos anos e deverá ser ainda mais fortalecido com a realização da COP 30 em novembro, na capital do Pará.
O reforço e os recursos direcionados para o desenvolvimento da bioeconomia no Estado irão incentivar a formação de empreendimentos sustentáveis. Ademais, a geração de novas oportunidades na região será fundamental, posicionando o Pará como o terceiro estado mais próspero do Brasil, apenas atrás de São Paulo e Rio de Janeiro.
Investimentos planejados
Neste momento, o Pará representa 41,4% do PIB da região, e a expectativa é que a COP 30 gere efeitos ainda mais benéficos para o desenvolvimento econômico, devido à maior notoriedade que o Estado da Amazônia alcançará.
“O Pará terá sua visibilidade aumentada no cenário nacional e internacional, o que abre portas para novos investimentos em energia limpa, agricultura sustentável, ecoturismo e, especialmente, infraestrutura. Já contamos com mais de 4 bilhões em investimentos na infraestrutura viária, na melhoria da rede hoteleira e de pontos turísticos, o que gera empregos e movimenta a economia”, diz a economista Renata Novaes.
A Fundação Amazônia de Amparo a Estudos e Pesquisas (Fapespa) estima um crescimento real de 3,3% para a economia do Pará. A entidade acredita que investimentos significativos em áreas como a ampliação da mineração, aprimoramento da infraestrutura logística, desenvolvimento da bioeconomia, utilização de energia renovável e o fortalecimento das cadeias produtivas nos setores de agronegócio, comércio exterior e turismo devem impulsionar esse crescimento.
“O Pará, nos últimos cinco anos, com a gestão do governador Helder Barbalho, vem investindo fortemente em um equilíbrio entre a produção e a conservação da floresta. O estado se destaca não só no crescimento de suas vocações naturais, mas também nos serviços ecossistêmicos e no crédito de carbono, que são cadeias produtivas as quais, cada dia mais, consolidam-se e ganham espaço”, explica Marcel Botelho, presidente da Fundação Amazônia de Amparo a Estudos e Pesquisas (Fapespa).
Para ele, é fundamental reconhecer que a economia do Estado do Pará é ampla e variada. “Dispomos de um agronegócio robusto, com o segundo maior rebanho do Brasil; uma significativa produção e crescimento de soja, milho e outros cultivos, além de produtos da agrofloresta, como açaí e cacau, que ocupam posição de destaque no país. Temos também um setor mineral muito forte, com uma das maiores áreas de mineração do mundo localizada no Pará. Soma-se a isso a presença da maior reserva de ferro do planeta, o que faz com que nossa balança comercial e nosso PIB sejam influenciados por diversos fatores”, enfatiza Botelho.
A relevância de Belém
Com cerca de 1,3 milhão de residentes, a cidade possui relevância econômica significativa para o estado e para a Região Norte, servindo como um importante núcleo comercial e logístico, essencial para a distribuição da produção amazônica tanto para outras partes do Brasil quanto para o exterior.
Belém se destaca como um centro regional, apresentando um Produto Interno Bruto (PIB) per capita de R$ 20,562 bilhões, o que evidencia uma economia variada e em expansão. Sua posição geográfica, às margens do Rio Amazonas, transforma Belém em um local estratégico para o comércio de itens como açaí, castanha-do-pará, cacau e peixes, além de representar um relevante polo de indústrias e serviços.