A ponte JK desabou em 22 de dezembro. O governo do Tocantins chegou a informar datas para o início da operação da balsa em duas ocasiões, mas enfrentou contratempos na conclusão dos acessos ao rio e na obtenção de autorizações. A empresa Pipes Navegações, responsável pela operação das balsas, também anunciou um planejamento para o início dos trabalhos, que, até o momento, não foram iniciados.

A Marinha assegura que a implementação da balsa será dada prioridade, porém as regras de segurança para navegação interna não podem ser ignoradas.

A respeito da submissão dos documentos solicitados pela Marinha,   Pipes Navegações declarou que a obtenção das licenças e autorizações é responsabilidade do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit).

A Pipes informou que está envolvida em uma chamada pública e agilizando a montagem das embarcações para que, se forem escolhidas, possam começar a instalação o mais rápido possível.

O Dnit comunicou que as firmas encarregadas da manutenção da BR-226/TO/MA estão ativamente trabalhando para atender as demandas da Marinha do Brasil, relacionadas à construção dos acessos e do ponto de atracação necessário para o funcionamento das balsas. O órgão destacou que está empenhado na preparação da documentação requerida e que as balsas começarão a operar imediatamente após a formalização do contrato com a empresa e a finalização das obras (Confira a nota completa abaixo).

O governador de Tocantins, Wanderlei Barbosa (Republicanos), compartilhou um vídeo nesta quinta-feira (2) onde dialoga com Pedro Iran, dono da Pipes Navegações. O empresário mencionou que a época de chuvas e os feriados consecutivos no final de 2024 tornaram a implementação da balsa mais desafiadora.

Estou organizando uma [balsa] para navegar até a parte de cima da barragem. Vou providenciar um ponto de atracação para iniciar as atividades. Não levará mais de 20 dias para estarmos operando com ela”, disse Pedro Iran.

O empreendedor afirmou também que é imprescindível desmontar as balsas para o transporte, o que tornaria mais complicado o processo logístico e de manuseio.

 

Segurança

Além das licenças e documentos necessários, diversas obrigações e requisitos técnicos para a operação das balsas também permanecem em aberto, conforme a mais recente atualização divulgada pela Marinha na noite de quinta-feira (2).

Entre os critérios técnicos, é imprescindível a criação de rampas de acesso para o embarque e desembarque em ambas as margens do rio Tocantins.

É necessário estabelecer pontos de fixação, conhecidos como atracadouros, para garantir que o comboio de balsa e empurrador fique estabilizado e devidamente preso à margem durante os processos de carga e descarga.

A companhia precisa fornecer um espaço seguro e apropriado para motoristas e passageiros aguardarem a travessia, visto que não é permitido que fiquem nos veículos. Ademais, a embarcação deve estar equipada com todos os dispositivos de segurança essenciais, incluindo coletes salva-vidas. (Foto: TV Anhanguera)