O governador do Pará, Helder Barbalho, participou nesta terça-feira, 24, do painel “Rota para Belém: elevando a ambição para o financiamento florestal jurisdicional”, durante a Semana do Clima de Nova Iorque, o chefe do Executivo paraense pode reforçar a urgência de ações concretas para enfrentar a crise climática global. O evento, voltado para discutir soluções de financiamento para a preservação das florestas, destacou o papel crucial de estados como o Pará na liderança de projetos de sustentabilidade e preservação ambiental.
Durante o painel, o governador enfatizou o impacto das mudanças climáticas, já sentidas de forma intensa em várias partes do mundo. “Estamos enfrentando uma das piores secas da história, e os incêndios florestais estão deixando um rastro de destruição”, afirmou.
Helder Barbalho destacou que as nações que menos contribuíram para a degradação ambiental são as que mais sofrem com seus efeitos. Ele citou, como exemplo, os países de renda média e baixa, que enfrentam o desafio duplo de reduzir emissões de carbono enquanto precisam garantir o desenvolvimento social de suas populações.
Entre os participantes estavam Carlos Nobre, co-presidente do Painel Científico para a Amazônia (SPA); Sassan Saatchi, co-fundador e CEO da Ctrees; Frances Seymour, enviada especial do clima dos EUA; e Christina Magerkurth, Diretora-Geral da Arquitetura para Transações de REDD+ (ART).
O governador do Pará ressaltou o pioneirismo do Estado com a implementação do sistema jurisdicional de REDD+, que está em construção para recompensar financeiramente quem preserva a floresta. O estado está criando um sistema participativo e justo, que beneficia as populações tradicionais, como indígenas e quilombolas, destacando que a preservação ambiental deve caminhar junto com a justiça social.
O sistema REDD+ do Pará, segundo Helder, garante que cada tonelada de carbono seja “medida, reportada e verificada conforme os mais altos padrões internacionais”. Ele também deixou claro que a integridade é essencial em todas as etapas do processo.
O chefe do Executivo Estadual frisou ainda que “a transformação necessária para enfrentar as mudanças climáticas deve envolver o setor econômico”.