Na Assembleia ocorrida nesta terça-feira, 23, servidores técnico-administrativos da Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará (Unifesspa) e de outras instituições federais decidiram não aceitar a proposta de reajuste salarial do Governo Federal, apresentada em 19 de abril.

A Assembleia reuniu quase todas as instituições do Norte do país, entre elas a UFPA, UFRA, Unifesspa e Ufopa, através de participações presenciais (na UFPA) e on line.

A categoria aprovou a manutenção da greve por tempo indeterminado com ampliação da adesão à paralisação, bem como ampliação das atividades e unidade com docentes e estudantes.

A partir desta quarta-feira (24),  a categoria estará realizando atos dentro dos Campi e através de ações junto a comunidade.

Em Marabá, na próxima sexta-feira, 26, os técnico-administrativos promoverão uma ação de plantio de mudas, como ato de greve.

A manifestação em favor do meio ambiente ocorrerá nas dependências do Campus 3 da Unifesspa.

 

Proposta do Governo

A nova proposta do governo apresentada à categoria de servidores prevê a concessão de um reajuste salarial de 9% em janeiro de 2025 e de 3,5% em maio de 2026.

O governo também apresentou uma proposta de reestruturação nas carreiras dos servidores técnico-administrativos. Uma das propostas é a simplificação da estrutura da carreira, “que manterá as 5 categorias, mas passa a contar com uma única linha vertical de progressão, permitindo que todos alcancem o topo de suas carreiras em 19 anos”.

Segundo o blogueiro apurou junto ao Sindicato dos Trabalhadores das Instituições Federais de Ensino Superior do Estado do Pará  ( SINDTIFES) , a proposta do governo é considerada insuficiente para alterar de fato a atual realidade da categoria que amarga um dos piores salários e carreira do funcionalismo público, impactando no bom desempenho e manutenção de trabalhadoras e trabalhadores nas universidades.

“O avanço do governo passando de 9% em 3 anos para 12,8% no mesmo período, além de insuficiente, nos coloca abaixo do oferecido a outras categorias do executivo federal, tanto nos percentuais de reajuste, quanto em relação ao montante investido do orçamento. É, portanto, contraditório ao anunciado pelo próprio governo, que investiria na redução das desigualdades de remuneração no serviço público brasileiro”, destaca informe da Federação de Sindicatos de Trabalhadores Técnico-administrativos em Instituições de Ensino Superior Públicas do Brasil (Fasubra), nesta quarta-feira (24).

De acordo com a Fasubra,  técnico-administrativos de 66 universidades, 2 institutos federais e 1 Cefet aderiram à greve que iniciou em 12 de março.