O filho de Edmilson Rodrigues, prefeito de Belém, morreu neste sábado, em Joinville, onde se encontrava internado desde a semana passada.
Filho mais novo do prefeito de Belém, Arthur, de apenas 16 anos, estava internado há 10 dias em uma Unidade de Terapia Intensiva.
Edmilson diz, em post publicado nas redes sociais, que os órgãos de Arthur serão doados.
“Sua jornada foi interrompida precocemente, as seu espírito de solidariedade continuará vivo. Através da doação de seus órgãos, queremos mostrar sua essência amorosa, seu desejo de ajudar o próximo e seu sonho de justiça social”, diz o post.
Ao ler o post que Edmilson Rodrigues publicou hoje em suas redes sociais comunicando o triste fato, imediatamente coloquei-me a refletir sobre a dor que está tomando conta do coração dele e da mãe, Bianca.
Um pai e uma mãe enterrarem um filho é antinatural e dói demais no corpo e na alma, ordem natural das coisas se invertendo
Perdas são muito complexas, não conseguimos medir qual é a pior, mas com certeza a morte de um filho é um sofrimento desafiador. O filho é uma continuidade da gente, parte de quem somos, nosso futuro. Entender que ele se foi antes coloca em cheque diversos planos e gera muita frustração
Só quem está de luto sabe dizer o que a perda representa para si e é preciso respeitar esse sentimento, entender seu ritmo e limites para enfrentar a adaptação a essa morte
O que dizer ao Ed e à Bianca , neste momento, como palavras de conforto? Nada.
Ninguém conforta o sentimento da perda de um filho.
Mas é importante reforçar aos pais enlutados que o vínculo com o filho não se desfaz. Não existe ex-pai, ex-mãe! A relação com o filho se encerra com o fim da vida, mas se transforma em um vínculo internalizado.
Ninguém tem que esquecer o filho, isso é impossível e muito violento, é preciso aprender a enxergar e administrar o novo vínculo, um processo individual, físico e psicológico.
Sintam-se fortemente abraçados, Edmilson e Bianca! (Hiroshi Bogéa)