Demorou, demorou mais do que se fazia necessário.
Mas nunca é tarde para a correção de rumos, principalmente quando o tema envolve violência nos campos de futebol.
Depois do assassinato de um torcedor na área de estacionamento do Mangueirão, em Belém, depois do jogo Paysandu X Remo, domingo último, a chamada “Operação Cartão Vermelho” deflagrada na quarta-feira, 10, resultando na prisão de 25 indivíduos que praticam o terror nos estádios da capital paraense, é aquele tipo de ação que gera um certa tranquilidade na sociedade.
O saldo da operação não se resumiu às prisões, como também gerou apreensões de uma pistola, aparelhos celulares e outros objetos relacionados às torcidas organizadas.
Os sujeitos presos são conhecidos pela prática de crimes de homicídios, lesão corporal e fabricação de artefatos explosivos, usados nos estádios de Belém – Mangueirão, Evandro Almeida e Curuzu.
São velhos conhecidos da Justiça e da polícia , mas que conseguem transitar com a tranquilidade dos cisnes em lagos, espalhando violência nas arquibancadas, e nos trajetos de ida e vinda aos campos de futebol.
Impressionante isso.
São bandidos carimbados nos BOs policiais, mesmo assim com transito livre.
Tanto é verdade que, entre os presos na quarta-feira, estão suspeitos nas mortes de Thiago Aryan Silva e Silva e José Carlos Oliveira da Silva, torcedores assassinados por torcidas organizadas no dia 4 de fevereiro deste ano.
São marginais que produzem, vendem ou compram bombas de fabricação caseira para cometer ataques em dias de jogos, conforme apurou a polícia civil.
Estão presos, mas a qualquer hora ganham o espaço das ruas para voltarem a cometer crimes usando camisas de Remo e Paysandu.