No mês dedicado à conscientização ao Abril Azul, o Centro Integrado de Inclusão e Reabilitação (CIIR), em Belém, com o apoio permanente da Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa), trata da importância e acolhimento de famílias paraenses para o diagnóstico e acompanhamento terapêutico, proporcionando qualidade de vida a pessoas autismo.
O neuropsicólogo e especialista em ABA (Análise Aplicada do Comportamento) aplicada ao TEA, Ícaro Ferreira, enfatiza que a descoberta recente acarreta uma importante sequência de vida no que se refere ao acompanhamento da vigilância do neurodesenvolvimento de uma criança.
“As crianças de zero a três anos estão no ápice do desenvolvimento da neuroplasticidade, ou seja, aprendem com mais facilidade. O profissional consegue estimular mais as crianças nesse período em que o cérebro está captando muitas coisas novas com rapidez”, explica.
De acordo com o profissional do CIIR, isso significa que o ser humano está construindo ligações com o mundo.
Desta forma, a criança, conhecendo o ambiente, é estimulada a começar a aprender a interagir com as pessoas.
Sinais – No processo inicial do desenvolvimento dos pequenos, as famílias devem observar alguns pontos que remetem ao diagnóstico do espectro autista.
Dentro da psicologia, “se a criança está com dificuldades para se comunicar ou interagindo com as pessoas de uma forma inapropriada, como por exemplo: ao pedir um objeto, ela somente fica apontando sem pronunciá-lo, isso significa que a interação com o ambiente em algum momento está deficitária.
Portanto, a vigilância do neurodesenvolvimento é ficar atento aos sinais”, destaca Ícaro Ferreira, salientando que outros pontos, como o sorriso sem ser espontâneo para as pessoas que a criança gosta, andar na ponta dos pés e as estereotipias, que são movimentos repetitivos nas mãos, podem ser outros indícios para o diagnóstico.
Além da Psicologia, o CIIR proporciona aos seus reabilitandos com TEA um acompanhamento com uma equipe multiprofissional que envolve a Fonoaudiologia, Psicopedagogia, Fisioterapia e a Terapia Ocupacional dentro de dois parques tecnológicos, o Núcleo de Atendimento ao Transtorno do Espectro Autista (Natea) e o Centro Especializado em Reabilitação (CER IV).